Em meio a pandemia do novo coronavírus, outras doenças estão arriscando moradores da capital baiana. A prefeitura de Salvador tem intensificado a Operação Dengue com reforço nas ações em combate ao Aedes aegypti. De janeiro até agora, os 1.500 agentes de endemias do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), órgão vinculado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), já vistoriaram mais de 40 localidades. Em tempos de quarentena, o CCZ pede à população que está em casa que redobre os cuidados domiciliares e fiquem atentos aos recipientes com água parada.
O fortalecimento das ações ocorre devido às oscilações climáticas da estação que favorecem a proliferação do mosquito, transmissor de doenças como a dengue, zika e chikungunya. Além dos períodos que intercalam chuva e sol, as ações de combate se baseiam, ainda, nos números do Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), realizado na primeira semana de janeiro deste ano.
De acordo com o estudo, o Índice de Infestação Predial (IIP) na capital baiana é de 2,3%, ou seja, a cada 100 imóveis visitados, pelo menos dois possuem focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Segundo a subgerente de arboviroses do CCZ, Isolina Miguez, o período atual é muito complicado por reunir condições favoráveis à proliferação do mosquito.
“Essa é uma época difícil, com chuva e sol, e isso é tudo que o mosquito quer. É preciso redobrar os cuidados”, frisa. Ela pede que a população tenha o olhar do agente. “Nesse momento em que todos estão dentro de casa, cuidem de seus lares, observem tudo que pode ser criadouro e eliminem qualquer coisa que acumule água”, orienta.
Foto: Bruno Concha/Secom