CORONAVÍRUS: VEJA COMO O VALE DO SILÍCIO ENFRENTOU A PANDEMIA

A pandemia de coronavírus nos Estados Unidos começou primeiro no Condado de Santa Clara, o Vale do Silício, e foram os engenheiros e técnicos de lá que tiveram de enfrentar o problema antes do resto do Ocidente. Lá fica a Universidade de Stanford uma das melhores escolas de medicina do país e imediatamente veio a recomendação para que escolas fechassem e todos ficassem em casa. Em menos de uma semana, Stanford e as escolas secundárias locais já estavam dando aulas online e foi com rigor que todos seguiram o exemplo.

A política surtiu efeito e um político do Vale do Silício,  o governador da Califórnia, Gavin Newsom, que tinha sido prefeito da cidade de  San Francisco,  capital informal do Vale,  adotou os mesmo procedimentos na Califórnia. O governador determinou uma rigorosa quarentena, em 19 de março, permitindo que os moradores saíssem de casa apenas para comprar comida e medicamentos, ou para se deslocar para trabalhos considerados essenciais e que só pudessem ser realizados presencialmente. A decisão  foi considerada precipitada e exagerada, mas deu resultado. As empresas de tecnologia na área do Vale do Silício foram as pioneiras na pandemia a adotar o home office em grande escala e isso se espalhou pela Califórnia, evitando deslocamentos e concentrações em transportes públicos e escritórios.

Resultado: o coronavírus chegou à Califórnia antes de Nova York e no dia 9 de março, eram 114 casos na Califórnia e 142 em Nova York, mas hoje,  enquanto  New York registra  milhares de mortos, a Califórnia, o estado mais populoso do país, tem menos de 500 mortes. E o governador se dá ao luxo de emprestar 500 respiradores artificiais para a Big Apple.

Vários os fatores explicam o que está ocorrendo na Califórnia como a densidade populacional e a  ocupação mais espaçada de Los Angeles. Mas, foram as ações antecipadas do governo e o respeito da população às recomendações e ordens de isolamento que mudou o quadro. E vale lembrar: a  Califórnia é quarta maior economia do mundo,  com PIB superior à Índia, Reino Unido, França, Itália e Brasil. (Baseado em informações de O Globo e do Estado de São Paulo)