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PAULINHO BOCA DE CANTOR FALA SOBRE AMIGO MORAES MOREIRA

Redação - 13/04/2020 16:19

Além de parceiros de trabalho nos Novos Baianos, os dois eram amigos e se falavam diariamente. “Moraes era meu grande amigo. A gente se falava todos os dias. As nossas ligações eram para falar de trabalho ou para dar muita risada da vida e da nossa história. A gente se falava de três a quatro vezes por dia. Ontem, achei estranho. Mas anteontem a gente falou sobre a Páscoa em casa. Ele falou que ia mandar fazer um bacalhau. A gente se falava todos os dias e se perguntava, ‘como é que está?’. Ele estava bem. Os exames… Ele dizia: ‘Estou bem, o coração está bem, o fígado está bom’. Claro que ele tinha alguns problemas de saúde e a gente já tem uma certa idade, já éramos os usados baianos”, disse ele, que ainda ressaltou as qualidades do amigo.

“O Moraes viveu intensamente a música, a fé, a alegria e o Carnaval. Ele era o grande timoneiro com aquele violão que não existe nada igual. Todos os artistas que tocam violão sabem da capacidade que ele tinha de fazer um show de voz e violão, botando todo mundo para dançar. As composições contando o que a gente estava vivendo, aquela alegria.”

Os dois se conheceram há 50 anos, quando começaram a tocar juntos no grupo. “Esse nosso amor começou há 50 anos, quando encontrei pela primeira vez com ele e (Luiz) Galvão e a gente pensou que juntos poderíamos fazer alguma coisa. Daí as pessoas foram chegando como a Baby (do Brasil), Pepeu (Gomes), Jorginho, Didi e o Dadi, Baixinho, Bola, Charles, Bolacha e Gato… Fomos juntando e formando uma outra família, que não tinha laços sanguíneos, mas uma afinidade tremenda. Essa afinidade surgiu dessa alegria, que permanece até hoje. Na hora que a gente se encontra é uma alegria e festa. Daí a música flui naturalmente.”

-foto: instagram – divulgação

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