O médico Luiz Vicente Rizzo, diretor superintendente de pesquisa do Hospital Israelita Albert Einstein, disse que no Brasil medicina virou Big Brother e com votação. Estamos na época da medicina BBB, feita por votação. Medicina e pesquisa de rede social. Você não consegue mais não dar cloroquina para um paciente meio grave. A família pressiona e, se você não der, no dia seguinte você não é mais o médico.”
Segundo ele, o Einstein só indica a substância para pacientes graves, internados na UTI. E diz que não há protocolo no hospital para a utilização no início da doença, como afirmaram a médica Nise Yamaguchi, que atende no hospital. De acordo com ele, 70% dos 30 pacientes internados na UTI estão fazendo uso da cloroquina isolada ou associada ao antibiótico azitromicina. Os 30% restantes têm alguma contraindicação (problemas cardíacos, por exemplo), mas utilizam outros antivirais.
“A gente tem mais de 20 pacientes que foram extubados, que já tiveram alta. Não sei é a cloroquina, o protocolo da ventilação mecânica, nosso corpo médico excelente ou o próprio perfil da população atendida, que tem acesso a recursos, é bem cuidada. Por isso, são necessários estudos controlados e multicêntricos.” Com informações da Folha de São Paulo.
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