Pré-candidato a prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM) afirmou que se o surto de coronavírus durar até setembro – o que significaria uma piora na pandemia, já que a previsão é de que o pico seja até junho – a eleição municipal pode ser adiada. “Fatalmente vai ter um adiamento da eleição. Não há como se fazer uma eleição tendo que enfrentar uma pandemia como essa. E aí é natural a utilização dos recursos do fundo partidário para combater a pandemia. Não consigo imaginar que tem algum político nesse momento pensando em eleição, em campanha, quando o foco agora é nos mobilizarmos contra isso aí”, declarou o vice-prefeito de Salvador, em entrevista à rádio Metrópole.
Bruno Reis, que também é secretário municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), afirmou que a prefeitura vai contingenciar R$ 230 milhões de projetos em execução ou que estão prontos por causa da covid-19. Segundo ele, o Município teve uma redução expressiva na arrecadação no mês de março, com ISS e IPTU. “Estava agora em uma videoconferência com o secretário da Fazenda (Paulo Souto) e com o chefe da Casa Civil (Luiz Carreira) adotando uma série de medidas de contingenciamento. Conseguimos suspender R$ 230 milhões de diversos projetos que estavam em execução ou que iam iniciar”, disse. “Ninguém pode afirmar que estamos preparados e imunes a uma pandemia dessa dimensão”, emendou, ao citar que países ricos como Estados Unidos já registram colapso.
O vice-prefeito também criticou quem rotula o coronavírus como uma “doença de rico”. “Adotamos uma série de medidas. É importantíssimo que as pessoas tenham consciência. ‘ah, coronavírus é doença de rico’. ‘Ah, por conta do clima não vai haver propagação’. Ninguém pode afirmar com convicção. Não existe doença de rico. Imagina os ricos que têm condições estão tendo dificuldades”, pontuou. Bruno Reis ressaltou que a população deveria seguir as recomendações, sobretudo, nos bairros populares da cidade. “É importante que as pessoas tenham consciência”, declarou.
Bruno Reis ainda tem dito que, apesar de inchado, o seu partido vai ser capaz de eleger mais de dez vereadores. “Com o fim da coligação proporcional, os votos de legenda ficam para os candidatos só do partido. Muitos vereadores e candidatos migraram para o Democratas, de forma que o partido cresceu muito. Então, mesmo sem os votos da coligação com Republicanos e PMB, tenho convicção que vamos eleger mais de dez vereadores”, disse.(TB)
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