Eles fazem parte do grupo de risco da pandemia do novo coronavírus. Ainda assim, 30% dos idosos do Brasil não seguem à risca as medidas de isolamento social propostas pelas autoridades mundiais. A informação é de um levantamento online realizado pelo IPRC Brasil (Instituto de Pesquisa do Risco Comportamental), em parceria com a Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado.
De acordo com a pesquisa, que obteve mais de 2 mil respostas em 5 dias, (com 2,19% de margem de erro a 95% de confiabilidade), 26% dos participantes afirmam desrespeitar a quarentena apenas quando necessário. Já os 4% restantes dizem que continuam levando uma rotina normal. “Ver que 70% deles estão cumprindo o isolamento é uma surpresa positiva, mas os 30% que continuam saindo de casa levantam preocupação”, comenta Renato Santos, diretor do IPRC Brasil e coordenador do levantamento.
A pesquisa foi capaz de mapear o risco comportamental dos idosos brasileiros no período de quarentena. As principais razões para as “escapadas” são quatro: fazer compras, garantir a saúde mental, e ir ao trabalho e risco aventura. No grupo dos dissidentes, 66% justificam que não estão completamente isolados porque precisam comprar itens de necessidade básica, como comida e remédios. “No entanto, essa atividade pode muito bem ser feita por entregadores ou por grupos de vizinhos e amigos, que vêm se mobilizando para ajudá-los”, lembra Santos. “Parece que eles encontram nas compras uma justificativa para sair de casa”, completa.
Foto: divulgação