Os economistas do mercado financeiro reduziram, pela oitava semana seguida, a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e também passaram a prever um corte maior da taxa básica de juros, a Selic, no mês de maio.
Para o PIB de 2020, a previsão era de uma queda de 0,48% e passou a uma contração maior: de 1,18%. A nova redução da expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia do coronavírus.
Em 2019, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 1,1%. Foi o desempenho mais fraco em três anos.
Para o próximo ano, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi mantida em 2,50% pelos economistas.
O mercado financeiro também passou a prever um corte maior na taxa básica de juros da economia, a Selic, atualmente na mínima histórica de 3,75% ao ano. Os analistas passaram a projetar um corte maior, de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, para 3,25% ao ano, no começo de maio. A previsão é que a taxa permaneça nesse patamar até o fim de 2020.
Para o fechamento de 2021, a expectativa do mercado para a taxa Selic recuou de 5% para 4,75% ao ano, o que pressupõe alta do juro básico no ano que vem.
Os analistas reduziram ainda a estimativa de inflação para 2020 de 2,94% para 2,72%. Foi a quarta redução seguida do indicador. Para 2021, o mercado financeiro baixou a estimativa de inflação de 3,57% para 3,50%. Essa também foi a quarta redução seguida.
As projeções fazem parte do boletim de mercado, conhecido como relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.
Foto: Reprodução/ Shutterstock