“No fundo eu sei que terei de me arriscar, se não conseguir pagar as contas”. É assim que a garota de programa Bárbara, como prefere ser chamada, resume a preocupação frente à pandemia do coronavírus. A moradora de Sorocaba (SP) contou ao G1 como está sendo afetada pela quarentena e falou sobre a aposta em atendimentos online.
Bárbara é transexual e diz que trabalha com prostituição desde os 18 anos. Ela afirma que está há 13 dias sem atender clientes pessoalmente e que vem procurando formas de se proteger sem deixar de trabalhar.
Os valores, no entanto, são bem diferentes. Nos atendimento online ela cobra muito menos do que presencialmente, e a renda do mês não deve chegar nem à metade do que normalmente consegue.
Mesmo com as orientações de isolamento social por riscos de contágio, Bárbara diz que muitos clientes fixos a procuram pelo celular e perguntam se haverá um desconto no valor do programa. “Querem saber quanto passará a ser o valor de maneira presencial, na certeza que terei que baixar o preço por causa da pandemia.”
Com medo do avanço do coronavírus, Bárbara afirma que suas colegas de trabalho também estão se protegendo e ficando em casa. Ela afirma que este é um momento delicado, em que todas estão muito nervosas, porém, respeitando as medidas de segurança e orientações contra o vírus. “Estamos todas surtando”, diz.
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