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IBGE: QUANTIDADE DE ALIMENTOS PARA CONSUMO EM LARES BAIANOS CAI 16,7% EM DEZ ANOS

Redação - 03/04/2020 12:00

As famílias baianas estão, em média, adquirindo menos alimentos e bebidas para consumir em casa. Somadas as compras (e troca ou produção para próprio consumo) de todos os 17 grupos alimentares investigados pelo IBGE na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), divulgada hoje (3), em média cada pessoa na Bahia adquiriu 241,962 kg de alimentos ou bebidas para consumo domiciliar no ano de 2018.

Esse total era 16,7% menor que o adquirido em 2008 (290,426 kg/pessoa/ano) e 15,3% menor do que adquirido em 2002 (285,677 kg/pessoa/ano). A redução na quantidade segue uma tendência nacional e está relacionada a uma série de fatores. Um deles é o aumento do peso da alimentação fora do domicílio nas despesas, tanto no país como no estado. Gastar mais com comida fora pode estar levando as famílias a adquirir menos comida para consumir em casa.

Fatores como mudanças no estilo de vida, com menos tempo para dedicar ao preparo de refeições do dia a dia em casa; variações de preços de determinados produtos; e escolhas pessoais também influenciam na aquisição de alimentos para consumo no domicílio.

Entre 2002 e 2018, as famílias baianas reduziram sua aquisição média anual per capita de 11 dos 17 grupos de alimentos para consumo no domicílio. Dentre os seis grupos de produtos que os baianos passaram a adquirir mais, os destaques foram para frutas; aves e ovos; e bebidas e infusões, que tiveram os maiores aumentos no período.

Em 2002, no estado, cada pessoa adquiria em média, por ano, 22,158 kg de frutas, quantidade que subiu para 28,845 kg/ano em 2018 (+30,2%). A aquisição per capita de aves e ovos cresceu de 11,517 kg/ano para 17,072 kg/ano nesse período (+48,2%); e a de bebidas avançou de 24,706 litros/ano para 30,028 litros por anos (+21,5%).

Por outro lado, dentre os 11 grupos de alimentos que passaram a ser menos adquiridos pelas famílias no estado, nesses 16 anos, os maiores recuos vieram das farinhas, féculas e massas, cuja aquisição per capita anual caiu a menos da metade (de 36,597 kg/ano em 2002 para 16,227 kg/ano em 2018, -55,7%); dos cereais e leguminosas (de 44,361 kg/ano para 26,219 kg/ano, -40,9%); e dos açúcares, doces e produtos de confeitaria (de 26,212 kg/ano para 14,841 kg/ano, -43,4%).

Esses três grupos também foram os que tiveram maior redução na aquisição por parte das famílias baianas no período entre 2008 e 2018. Nesses dez anos, apenas 2 dos 17 grupos de alimentos pesquisados passaram a ser mais adquiridos no estado: os alimentos preparados e misturas industriais, cuja aquisição passou de 1,435 kg/ano/pessoa para 1,967 kg/ano/pessoa (+37,1%) e aves e ovos (de 16,602 kg/ano/pessoa para 17,072 kg/ano/pessoa, +2,8%).

 

Foto: Camila Souza/GOVBA

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