Em artigo publicado no The New York Times, o médico e director do Yale-Griffin Prevention Research Center, David Katz, questionou o isolamento total que vem sendo adotado em países como os Estados Unidos e o Brasil, afirmando que este isolamento poderia ser mais focado e fundamentalmente dirigido aos idosos.
Segundo ele, como as mortes por Covid-19 se dão basicamente entre idosos e doentes crônicos e que são muitos raras em crianças, seria mais adequado para salvar vidas e não sobrecarregar nossos sistema médico, fazer a quarentena em idosos, maiores de 60 anos.
Katz se diz profundamente preocupado com as conseqüências sociais, econômicas e de saúde pública desse colapso quase total da vida normal, que atinge escolas e empresas fechadas, reuniões proibidas e teme que elas sejam duradouras e calamitosas. O médico diz que a política destinada a “achatar” a curva epidêmica em geral, em vez de proteger preferencialmente os especialmente vulneráveis, será ineficaz contra o contágio e causará um colapso econômico.
“O mercado de ações voltará no tempo, mas muitas empresas nunca o farão. O desemprego, o empobrecimento e o desespero que provavelmente resultarão serão flagelos de saúde pública de primeira ordem”, diz no artigo.
O médico propõe sair da “interdição horizontal” , a quarentena total, para a intervenção vertical, focada nos vulneráveis concentrar recursos em testar e proteger os especialmente vulneráveis a infecções graves: idosos, pessoas com doenças crônicas e imunologicamente comprometidos. Veja o artigo aqui.
Veja Também: Governo precisa saber que os efeitos do isolamento são diferentes para cada país