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CIRO CHAMA BOLSONARO DE “CANALHA” E “ANTA”

Redação - 11/03/2020 11:00 - Atualizado 11/03/2020

O ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) criticou o atual panorama político do Brasil e fez uma avaliação do governo Bolsonaro, acusando-o de desestabilizar o país. Em entrevista a Rádio Metrópole hoje (11), o pedetista afirmou que a política brasileira tornou-se um “pardieiro de pilantra”.  “A política brasileira virou uma pardieiro de pilantra, trágico, em que o líder da canalhice é o presidente da República. É duro o que eu estou dizendo, mas é verdadeiramente duro. Um camarada estimulando conflito, mentindo para a população até denunciar eleição que deu a ele vitória é fraudulenta para desviar crise econômica que ele não produziu, mas herdou do petismo. Já tem um ano e dois meses. A tarefa é chamar as maiores inteligências do país e procurar uma solução”, afirmou Ciro.

Ele comentou a possibilidade do país sair da crise em que está instalada. Para ele, a política deveria ser a válvula de escape para dar um norte à questão financeira. “Quem puder, tem que dar o que tiver para o Brasil sair da maior ameaça como nação. Não estou exagerando. Temos uma situação social e econômica que coloca o Brasil numa ameça que nunca tivemos, que é ser uma ‘ex-nação’. Temos 63 milhões de pessoas com o nome sujo, quase 14 milhões de desempregados, temos pela primeira vez mais gente vivendo de bico, sem nenhuma proteção da lei, na história. A renda média de 100 milhões é de 413 reais. Proporcionalmente a menor média mensal do Brasil. Você tem a questão da economia. Ano passado, em São Paulo, primeiro ano de Bolsonaro, fechou 2.500 indústrias. São 365 mil empregos industriais. 5 milhões de empresas com o nome sujo. Você tem quadro econômico, dessa natureza, para onde temos que olhar? Para a política. Quando olhamos, enxergamos o aperfeiçoamento trágico”, declarou.

Ex-governador do Ceará avaliou que uma das estratégias do governo do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) é “espalhar a confusão”. “Burro ele não é. Até as pedras do caminho sabem que a maioria da população tem desapreço pelo comportamento do Congresso. A grande canalhice de Bolsonaro não é antagonizar por esses defeitos. […] Bolsonaro está enrolado em tudo que não presta. Ele é um corrupto. O Bolsonaro todo dinheiro que teve pra administrar foi o gabinete dele. Ele tinha seis funcionários fantasmas, que nunca pisaram lá. Ele tem quatro filhos, cada qual mais pilantra e começaram a se conectar com tudo de mais bandido do Rio de Janeiro”, criticou.

Ciro afirmou ainda que o presidente age de forma contrária a tudo que sempre pregou. “Ele votou contra o Plano Real. Votou para congelar por 20 anos os gastos com saúde, educação e segurança. Ele votou contra todas as reformas da Previdência. Votou a favor do orçamento impositivo e agora reclama de tudo isso”, criticou. Ex-ministro da Fazenda, no governo Itamar Franco, Ciro citou a fuga de capital estrangeiro no país. Segundo ele, o empresariado tem procurado países com “confiabilidade nas instituições, um presidente sério e paz jurídica”. “Ninguém faz investimento para fazer caridade, e sim para ganhar dinheiro. A Ford de São Bernardo do Campo estava lá há 52 anos. Ano passado fechou e foi embora. Fazia 6 anos que tinha capacidade de produzir mil carros por mês e fazia 700. Ninguém precisa ser economista. Quem vai abrir fábrica nova para produzir carro se não consegue vender? O principal motor da economia, da energia que puxa a riqueza, é o consumo das famílias”.

Para Gomes, uma das forças com capacidade de retomar o crescimento do país é a volta de obras públicas. “O Brasil em 24 mil obras públicas paradas. Já estão licenciadas, licitadas, já tem Ibama, tudo. Bota o Exército, a engenharia. Reativando, gera um milhão de empregos”.

Foto: divulgação

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