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CRISE ECONÔMICA DO CORONAVÍRUS DEVE FAZER ECONOMIA MUNDIAL CRESCER MENOS EM 2020, DIZ ESPECIALISTA

Redação - 09/03/2020 14:00

Por João Paulo Almeida

A epidemia do novo coronavírus já alcançou o número de 3.000 mortos no mundo e continua provocando importantes consequências em todo o planeta, sobretudo econômicas. A economia chinesa uma das mais fortes do mundo deve ser uma das mais impactadas com a crise. O país já adotou uma medida que provoca quarentena e afeta mais de 50 milhões de pessoas.

Em entrevista ao portal Bahia Econômica Carlos Darienzo, economista e professor do curso de Ciências Contábeis da Universidade UNG explicou que o crescimento da economia mundial em 2020, deve ser menor por conta do Coronavírus, ou seja, de 2,9%, para 2,4%. Segundo ele a economia já enfrentava problemas originados na contenda comercial entre China e EUA e as questões estruturais da economia da União Europeia, além da falta de crescimento da economia japonesa.

O professor também explica que  não existe a possibilidade de a Bolsa de valores quebrar como em 1929, devido ao coronavírus. “ Não corremos os riscos econômicos da crise de 1929, que perduraram até o início da Segunda Guerra Mundial (1939), pois, nesse período, não havia, no mundo, autoridades econômicas agindo em conjunto para debelar ou mitigar crises econômicas. Foi justamente do aprendizado da crise de 1929, que as nações criaram organismos mundiais para atuarem em conjunto com a comunidade internacional, por exemplo, estamos presenciando um trabalho em conjunto dos bancos centrais das principais economias do mundo, notadamente as nações que integram o G-20, as vinte maiores economias do mundo, entre elas a economia brasileira”, disse.

Segundo o professor, no Brasil, os setores mais afetados pelo surto são os que “exportam diretamente para a China ou que dela importem componentes de produtos intermediários para montagem de produtos finais no Brasil, por exemplo: autopeças, motopeças, componentes eletroeletrônicos para aparelhos de telefonia e televisores. Além disso, o país exporta minério de ferro, soja e carnes diretamente para a China, essas exportações serão negativamente impactadas pela desaceleração da economia chinesa, esperada para este ano de 2020. Outro setor importante, afetado pela situação na China e em boa parte do mundo, é o de transporte aéreo de passageiros”, disse.

Foto: divulgação

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