Também nesta quarta, logo após participar de um evento com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, O ministro da economia Paulo Guedes reafirmou que a estimativa é que a economia brasileira cresça 2% em 2020. Segundo o ministro, o PIB dos últimos trimestres de 2019, na comparação com o mesmo período de 2018, indica que a economia está “reacelerando”. Para Guedes, se o governo conseguir aprovar outras reformas no Congresso, será possível atingir o percentual de 2%.
“Se você pegar o quarto trimestre do ano passado, sobre o quarto trimestre de 2018, 1,70%, estava quase chegando em 2%. A economia brasileira está claramente reacelerando. Se nós mantivermos as reformas, ela vai crescer os 2%, um pouco até acima dos 2% que nós estamos esperando. Esperávamos 1%, veio 1,1%. Se as reformas continuam nós achamos que vamos passar de 2%”, disse o ministro. “Eu não diria que houve surpresa nenhuma. Eu até estou surpreso com a surpresa que vocês estão tendo”, acrescentou.
Questionado sobre o impacto do surto de coronavírus na China, principal parceria comercial do Brasil, Guedes admitiu eventuais prejuízos, mas ressaltou que o Brasil tem dinâmica própria de crescimento, que poderá ser acelerada com as reformas. “O Brasil tem sua própria dinâmica de crescimento. Se nós fizermos as nossas reformas, nós vamos reacelerar o nosso crescimento econômico independentemente do coronavírus. Vai atrapalhar um pouco, mas nós temos potência suficiente para superar esse efeito”, completou.
Também nesta quarta, o secretário-especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou que o resultado do PIB no ano passado veio em linha com o esperado. “A dinâmica do ano passado, separada por semestres, mostra um segundo mais forte e dinâmico do que o primeiro. Porque aprovamos a maior reforma paramétrica da reforma da previdência no Brasil. Veja a dificuldade de outros países. E medidas como o FGTS, que antecipamos a devolução de R$ 43 bilhões”, declarou.
Para este ano, o secretário afirmou que é importante manter a agenda de reformas, com a votação da PEC dos fundos públicos, além das PECs da emergência fiscal, do pacto federativo, e mudanças no regime de recuperação fiscal dos estados.
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