A economia brasileira cresceu apenas 1,1% em 2019, o pior crescimento dos últimos 3 anos. O ministro Paulo Guedes disse, no início de 2019, que o país cresceria 2%, para, em maio, reduzir a previsão para 1,5%. Crescemos quase 30% menos que o previsto e já se sabe que cresceremos menos de 2% em 2020. Paulo Guedes fala muito, mas não vem entregando o que promete. O Congresso Nacional aprovou a Reforma da Previdência e vários outros projetos, mas o governo Bolsonaro entregou ao país um crescimento do PIB menor do que o registrado nos dois anos do governo Temer, quando muitas reformas ainda estavam por fazer. Há algo errado no Posto Ipiranga e no executivo principal da holding Brasil e o erro está no pouco dinamismo dos investimentos. A expectativa era que a taxa de investimento, que passou o período 2013/2017 em queda livre, embicasse para cima com o novo governo. Mas em 2019, a taxa de investimento cresceu apenas 2,2%, menos do que no último ano do governo Temer, quando subiu 3,9%. O investimento cresce pouco por conta de vários fatores, entre eles a capacidade ociosa das empresas que ainda permanece alta e a insegurança do empresariado no futuro, afinal, o presidente da República continua criando crises ininterruptas e empurrando para baixo as expectativas. Já se disse aqui que o governo Bolsonaro é um governo anti-investimento e isso pode ser constatado não apenas exterior – onde por conta da política ambiental o Brasil entrou na lista dos países avessos à economia sustentável – mas também no próprio governo, afinal, Paulo Guedes anunciou um grande programa de privatizações, um verdadeiro “atacadão de estatais” e, no entanto, não houve uma privatização sequer do primeiro ano de governo. Tampouco houve qualquer política, qualquer linha de crédito visando a modernização do parque industrial, ou o estímulo ao investimento e a inovação. O PIB cresce lentamente e mesmo o consumo das famílias, cuja a expectativa era de maior crescimento, cresceu 1,8%, menos que em 2917 e 2018. Apenas alguns setores mostram maior dinamismo, como a construção civil que, com a redução dos juros, viabilizou um crescimento de 1,6%, e os serviços com um incremento pífio de 1,3%. A verdade é que após um ano de governo, o ministro Paulo Guedes fala muito e entrega pouco. E o presidente da República, que deveria estar em reuniões diárias com sua equipe econômica buscando novos investimentos, prefere investir na polarização política. SAÚDE EM SALVADOR O setor de saúde em Salvador é palco de grandes investimentos e está em expansão. A Rede D’Or São Luiz, por exemplo, maior grupo hospitalar do país, adquiriu o controle do Hospital São Rafael, comprou 49% das ações do Hospital Cárdio Pulmonar, estando nos planos sua aquisição completa, e assumiu o controle do Hospital Aliança, que fatura anualmente cerca de R$ 450 milhões, ficando entre as 25 maiores empresas da Bahia. Já a rede hospitalar Mater Day está investindo cerca de R$ 300 milhões num novo hospital na Av. Garibaldi. E vários grupos nacionais e internacionais, estão de olho em hospitais privados. Estima-se que o mercado de saúde na Bahia movimente mais de R$ 15 bilhões por ano. A BAHIA COMANDA OS VENTOS Assim como Iansã, a Bahia comanda os ventos. E está produzindo cerca de 35% da energia eólica do país. A produção cresceu 50% em 2019, em relação a 2018. A geração de energia solar cresceu 70% , cerca de 35% da produção do país. Os parques que estão em operação no estado já investiram mais de R$ 20 bilhões e criaram mais de 32,2 mil empregos. E são empresas implantadas no semiárido baiano, que geram atividade econômica numa área extremamente pobre. A Bahia já tem 165 parques eólicos em operação, com capacidade instalada de 4GW e quase 1500 moinhos de vento. É uma vantagem competitiva do nosso estado e abre perspectivas de ampliação do parque industrial ligado ao setor.
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