O governo federal decidiu prorrogar a operação da Garantia de Lei e da Ordem (GLO) no Ceará, realizada devido ao motim de policiais. A presença das Forças Armadas no estado, que se encerraria hoje (28), será ampliada por sete dias, até o dia 6 de março. A decisão foi tomada hoje pela manhã, em uma reunião do presidente Jair Bolsonaro com sete ministros, entre eles Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Sergio Moro (Justiça).
“No dia 26 de fevereiro, o governador do Ceará pediu uma prorrogação da GLO. O governo federal, por sua vez, autoriza a prorrogação e entende que, no prazo de até o dia 6 de março, a situação deva ser normalizada, prevalecendo o bom senso. O governo federal avalia que se trata de uma negociação do estado, entretanto, continua prestando seus esforços de ajuda à população”, afirmou Bolsonaro em nota.
“GLO no Ceará vence amanhã, os oito dias da GLO, e a gente espera que o governador resolva esse problema da PM do Ceará e bote um ponto final nessa questão, porque GLO não é para ficar eternamente atendendo um ou mais governadores. GLO é uma questão emergencial” declarou o Bolsonaro em transmissão ao vivo pelo Facebook. Na manhã de hoje, em meio à dúvida se o presidente iria ou não prorrogar a operação, governadores de seis estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Piauí, Bahia, Maranhão e Pará, se mobilizaram para enviar forças de seguranças ao Ceará, caso as Forças Armadas saíssem do estado.
Em 11 dias de motim dos policiais, o estado registrou 195 homicídios, segundo o G1. O número representa um aumento de 57% em relação aos casos registrados durante a última paralisação de PMs no Ceará, em 2012, que durou sete dias.
Foto :José Leomar/SVM