A empresaria dona do camarote mais seleto do carnaval de Salvador classificou de maneira polêmica as pessoas que frequentam o seu espaço no carnaval. “No Expresso, tem de puta a padre. Já foi bispo, até”, brincou a parenta de Gilberto Gil. A entrevista foi concedida ao Jornal Correio. Questionada como é ser uma das anfitriãs mais cobiçadas do carnaval ele explicou o charme da atração. “Eu acho que é mais complicado. Começando a responder sua pergunta, primeiro, o Expresso completa, neste ano, 22 anos, e nesses 22 anos, a gente aprendeu bastante com o Carnaval da Bahia. Aprendeu algumas coisas. Algumas coisas não aprendemos, ensinamos. Nesses 22 anos, aprendi e ensinei bastante. No aprendizado, aprendi a trabalhar com os baianos. Sou paulista, e apesar de ter a cidadania baiana e soteropolitana, vinha para cá com uma expectativa de ser um trabalho com a Bahia e com os baianos como se eu estivesse trabalhando em São Paulo ou no Rio. E não”.
Questionada o que mudou no carnaval ela explica. “Acho que o Carnaval de Salvador tem a digital do poder público, nesse caso, o municipal. Peguei algumas gestões de 1999 para cá. Quando o gestor gosta de Carnaval e dá a devida importância a essa festa, evidentemente é refletido na festa, no resultado dela. Quando o gestor não dá a importância devida ao Carnaval, aos blocos, a tudo aquilo que precisa ser importante, o resultado não é o esperado, não é esplendedoroso. Eu acho que Neto é um prefeito que gosta do Carnaval, sabe fazer a festa acontecer e veio organizando o Carnaval”.
Perguntada por que ainda faz o camarote ela diz. “Porque eu acho que faço também pelos outros, sabia? Faço por mim, evidentemente, mas pelos outros também. Acho gostoso quando vejo todo mundo feliz lá dentro, podendo… Não é um camarote de gente rica, tem pobre também. Você convida os mais humildes, eles ficam felizes. Você convida manicure, você convida o médico, um jornalista que é de fora e está a passeio, um músico, convida tanta gente”.
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