O dólar opera em alta nesta sexta-feira (21), batendo logo na abertura, pela primeira vez na história, o patamar de R$ 4,40. Às 10h40, a moeda norte-americana era negociada a R$ 4,3970 na venda, em alta de 0,12%. Na máxima até o momento chegou a R$ 4,4061. Veja mais cotações. Já o dólar turismo era negociado a R$ 4,5934, sem considerar a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Na sessão anterior, o dólar encerrou o dia vendida a R$ 4,3917, em alta de 0,61%, marcando novo recorde nominal (sem considerar a inflação) de fechamento. Na máxima do dia, chegou a R$ 4,3982 – maior cotação nominal intradia até então, segundo dados do ValorPro. Na parcial do mês, o dólar acumulou até a véspera alta de 2,49%. No ano, o avanço chega a 9,52%.
No exterior, a cautela continuava pautando os mercado, com investidores de olho no impacto econômico do surto de coronavírus da China e na economia global. Nesta sexta-feira, a comissão de saúde da província chinesa de Hubei revisou para cima o número de casos confirmados para dar conta de um relatório do departamento penitenciário. Além disso, a Coreia do Sul registrou mais casos da doença.
O surto já matou mais de 2 mil pessoas até o momento e interrompeu a atividade industrial da China, causando perturbações para vários fabricantes no mundo. O fim de semana prolongado no Brasil em razão do Carnaval, com os bancos e B3 reabrindo apenas na quarta-feira, enquanto as praças financeiras funcionam no exterior, corrobora o tom mais cauteloso.
Na véspera, o ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu em evento mais cedo nesta quinta que o novo normal é um câmbio mais desvalorizado, em declaração feita na presença do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que dois dias atrás disse que o BC está “tranquilo” com o câmbio uma vez que não tem havido impactos sobre a inflação.