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APÓS SANÇÕES DOS EUA, MADURO ANUNCIA ‘EMERGÊNCIA ENERGÉTICA’

Redação - 20/02/2020 08:55

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou nesta quarta-feira uma “emergência energética” na estatal PDVSA após sanções dos Estados Unidos a uma filial da petroleira russa Rosneft por comercializar o petróleo venezuelano. O mandatário anunciou a criação de uma comissão de caráter plenipotenciário para a “defesa” e a “restruturação” da indústria petroleira, o principal sustentáculo da economia do país.

– Declaro e emergência energética na indústria de hidrocarbonetos a fim de adotar as medidas urgentes e necessárias para protegê-la de uma agressão imperialista – disse Maduro na sede da PDVSA em Caracas. – Estou pondo todo o poder do Estado, do governo e da nação para entrar na PDVSA com tudo. Na comissão têm assento o ministro de Defesa, general Vladimir Padrino, e outros ministros. Maduro não anunciou medidas concretas que a comissão, encabeçada pelo vice-presidente da área econômica, Tareck El Aissami, vai tomar.

Os decretos foram emitidos um dia depois de os EUA sancionarem uma subsidiária da Rosneft, acusando-a de burlar as sanções americanas impostas sobre a comercialização do petróleo venezuelano. Maduro disse esperar alcançar a “meta modesta” de elevar a produção a dois milhões de barris de petróleo por dia – atualmente está em menos de um milhão por dia. – Não aceito mais desculpas. ou produzimos ou produzimos, mas a Venezuela tem que ser uma potência mundial – exclamou o presidente.

Não foi a primeira vez que Maduro prometeu uma recuperação da produção de petróleo da Venezuela nem uma restruturação da PDVSA. A produção petrolífera do país começou 2020 em queda, e terminou janeiro com 882 mil barris/dia.

Foto: Fausto Torrealba / REUTERS

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