O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA), Carlos de Souza Andrade, avaliou, em entrevista à Rádio Metrópole, na manhã de hoje (19), que a economia brasileira deve ter “dias melhores” em um prazo de até 4 anos. “Existe esperança do empresariado, agora quando vamos viver o dia-a-dia, com o problema da segurança, do juros ainda caro, do planejamento e treinamento da mão-de-obra, ainda estamos muito carentes”, pontua.
Ele avalia que houve uma melhora, ainda que pequena, nos últimos dois anos, para o comércio. “Acho que agora começamos a nos recuperar. Quem vai recuperar nossa economia chama-se emprego. Se o emprego voltar, a agricultura e a indústria aquecerem, com certeza o comércio vai empregar mais e vamos ter dias melhores para o Brasil. Não pense que é de uma hora para outra. Mas com certeza teremos dias melhores daqui há 2,3, 4, 5 anos”, prevê.
Ele destaca que um dos mais afetados pela crise econômica foi o comércio de rua, que ainda enfrenta a falta de segurança. “São três milhões de desempregados e o comércio de rua é o mais afetado. Se você vai apro shopping, tem mais facilidade de comprar. Agora hoje o comércio de rua está voltando, lentamente. Temos um problema grave do comércio de rua que é a segurança. Hoje o cara tem medo de sair de casa porque até no shopping encontra problema, quanto mais na rua”, diz.
O economista e assessor econômico do Fecomércio-BA, Guilherme Dietze, se mostrou ainda otimista, durante a entrevista, com o crescimento econômico de 2% do carnaval em relação ao ano passado. “Dá um otimismo para o empresário do comércio, depois de período de retração das vendas. Acho que a gente tem que passar otimismo, de pé no chão”, afirma. Guilherme Dietze avaliou também as novas medidas econômicas do governo federal e ainda as dificuldades que a economia brasileira ainda enfrenta para se recuperar.
“Com taxas de juros a 4,25% ao ano, isso faz com que não valha tanto a pena ficar o dinheiro parado ali, investido na renda fixa e poupança, então as pessoas e empresas terão que colocar dinheiro na produção, onde gera emprego e renda. O problema do câmbio é porque o país ainda não um grau tem investimento. Então com taxas de juros a 4,25% ao ano e inflação próxima de 4%, seu rendimento no final de um ano é praticamente de 0 real, porque a inflação corroeu seu investimento”, disse.
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