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BAIXA DOS JUROS SELIC – UMA NOVA REALIDADE PARA INVESTIDORES

Redação - 16/02/2020 12:00

As novas diretrizes econômicas do Brasil estão fazendo a economia viver com uma realidade totalmente inimaginável há poucos anos, juros Selic baixos. Pois, ocorre que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vem anunciando sucessivos cortes da taxa Selic de 6% para 5,5% ao ano, depois para 5% e agora a taxa chegou em 4,25%, a menor taxa da história. A mudança gera impactos positivos, como o incentivo ao consumo, e outros nem tanto, como pode ocorrer nos investimentos, com a queda da rentabilidade de grande parte dos investimentos. Ocorre que os investimentos em renda fixa têm seus rendimentos atrelados à Selic, logo todos passarão a render menos – com destaque negativo para a poupança.

E agora, onde investir? Com a mudança, o momento é de análise aprofundada, pois investir apenas na linha que aparentemente tem a maior rentabilidade pode ser uma armadilha, levando até mesmo a prejuízos. “Por mais que os números apontem investimentos a princípio mais vantajosos, vários fatores devem ser avaliados, como impostos e taxas, e o principal critério deve ser o prazo para a realização do sonho: curto, médio ou longo”, avalia Carollyne Mariano, sócia da Redoma Invest.

Impacto nos investimentos – a grande maioria dos investimentos possuem um benchmark, que é uma espécie de referência de mercado. O nosso benchmark mais comum é o CDI – certificado de depósito bancário – que é uma taxa muito próxima da Selic. A Selic, por sua vez, caiu para o menor patamar da história, portanto todas as aplicações atreladas a ela passam a render, nominalmente, menos.

Alternativas – em tempos de juros baixos, conseguir remunerar o seu capital em ativos com baixo risco se torna uma tarefa cada vez mais difícil. A alternativa que temos é arrojar e buscar produtos mais sofisticados para conseguir aumentar a rentabilidade.

Impacto na rentabilidade – imagine que você tenha um fundo de investimento em renda fixa, que renda 100% do CDI. O CDI no mês de agosto foi 0,50%, portanto, uma aplicação que rendeu 100% do CDI, rendeu 0,50% no mês. Já no mês de setembro, o CDI foi 0,46%, ou seja, a mesma aplicação rendendo 100% do CDI, no mês de setembro, rendeu 0,46%.

Hora das ações – investir em ações passa a ser um ativo cada vez mais interessante e, diga-se de passagem, investimento em ações é um tipo de investimento muito comum na Europa e nos Estados Unidos, mas por aqui ainda temos um grande caminho a percorrer para desmistificar esse tipo de investimento. Portanto, investir em ativos mais arrojados será necessário para que o investidor consiga melhorar seus rendimentos.

Expectativas – há quem diga que o cenário de juros baixos veio para ficar. No limite, um país com juros baixos é um país com mais emprego, (ou deveria ser), com menos empresários “vivendo de renda” e mais empresários contratando, indo para a economia real. Até pouco tempo tínhamos um dos maiores juros real do mundo (juro real é a taxa básica de juros descontada a inflação), com as reformas caminhando e o país entrando nos eixos, tudo leva a crer que o ganho, muito comum a todos os brasileiros, de 1% ao mês, ficou para trás.

Foto: divulgação

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