Na avaliação do diretor do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR), Mário Câmara, não há possibilidade do miliciano Adriano da Nóbrega, morto no último domingo (9) pela polícia, ter sido executado. A possibilidade foi levantada após matéria da revista Veja, que entrevistou dois médicos legistas.
“Difícil de crer que legistas comentam esse tipo de erro. Uma fotografia que não se sabe se foi adulterada; isso é absurdo, não consta em literatura nenhuma”, reclamou, em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (14), na sede do Departamento de Polícia Técnica.
O principal questionamento apontado pelos legistas ouvidos pela revista é sobre a possibilidade de disparos à curta-distância – pescoço e tórax -, por causa da presença de marcas vermelhas na região do peito, com a presença de uma “zona de tatuagem”, indicativo de disparo à curta-distância. Nada disse apontado no resultado da necropsia divulgada pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).
Os especialistas defenderam a tese do uso do fuzil pelo tamanho das marcas. “Pistola não faz isso. Foi um projétil de alta energia”, garantiu. Segundo o diretor do IML, caso fosse um disparo de fuzil a curta distância, o estrago seria ainda maior.
Adriano da Nóbrega era apontado como chefe do Escritório do Crime, grupo carioca de milicianos. Ele passou por Costa do Sauípe, no município de Mata de São João, e por Esplanada, onde foi morto em confronto com a polícia no último domingo (9), de acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA).
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