Hubei, epicentro do coronavírus na China, confirmou 242 novas mortes nesta quarta-feira (12). A região registrou 14.840 casos no último dia, sendo que 13.332 foram diagnosticados de forma clínica. Ao todo, apenas na província, são 48.206 casos do Covid-19. As autoridades de saúde chinesas mudaram os critérios diagnósticos da doença, passando a aceitar relatórios clínicos dos sintomas, não apenas os testes em laboratório. Com isso, o número de casos confirmados deu um salto. Normalmente, estavam sendo confirmadas de 2 mil a 3 mil novas infecções por dia.
Dados de Hubei:
Mais cedo, a cidade de Londres confirmou seu primeiro caso da doença. Este é o nono caso de infecção na Inglaterra. O paciente teria contraído o vírus na China antes de chegar ao país. Já os Estados Unidos confirmaram o segundo caso local da doença. Nos últimos dois dias, mais de 300 especialistas em saúde se reuniram na sede da Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra, para avaliar o risco de disseminação do Covid-19.
“Esta reunião nos permitiu identificar as prioridades para a pesquisa [do Covid-19]. Como grupo de financiadores, continuaremos a mobilizar, coordenar e alinhar nosso financiamento para permitir a pesquisa necessária para enfrentar esta crise e interromper o surto, em parceria com a OMS”, disse o professor Yazdan Yazdanpanah, presidente do GloPID-R, grupo de “Colaboração em Pesquisa Global para a Prevenção de Doenças Infecciosas”.
A OMS disse que o mundo enfrenta uma escassez de trajes, máscaras, luvas e outros formas de proteção para se prevenir contra o surto do novo coronavírus e assegurou que a organização enviará equipamentos para nações mais vulneráveis. “Vamos identificar os gargalos, encontrar soluções e garantir equilíbrio na distribuição de equipamentos”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
A agência de saúde da ONU pediu que os equipamentos sejam adquiridos apenas quando necessário e que profissionais da saúde de áreas de risco tenham o acesso garantido aos materiais. “Profissionais da saúde devem ter prioridade para receber estes materiais. Em segundo lugar estão os doentes e seus cuidadores”, disse Ghebreyesus. “A OMS não encoraja que estas formas de proteção sejam adquiridas e estocada em países onde os riscos de transmissão são baixos.”
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