Brasil o segundo maior mercado de cartões do mundo, de acordo com pesquisa do banco mundial. Especialistas em investimentos internacionais e também gestores de investimentos em caixas eletrônicos nos Estados Unidos afirmam longevidade e rentabilidade da rede de caixas no curto prazo. Com o serviço de banco online em ascensão, os dias das grandes agências bancárias com pilares do renascimento grego e tetos abobadados estão contados. A cidade de Nova York se une a uma tendência que já domina o resto do país. Menos agências bancárias e estruturas menores. A Wall Street planeja uma presença reduzida nas principais ruas de Manhattan.
No Brasil, embora a possibilidade de usar um cartão de débito em uma rede de caixas eletrônicos diferente da rede do banco que emitiu o cartão seja baixa, os usos de cartões são em ATMs são a aposta do mercado global como avalia o especialista em investimentos internacionais Nilo Mingrone. Para ele o cenário é muito promissor com a facilitação tecnológica que já está sendo aplicada em caixas eletrônicos em todo o mundo. “Sem dúvida as redes de caixas eletrônicos deverão crescer em todo o mundo. Nos Estados Unidos, onde a população já adota uma postura mais autossuficiente na execução de operações financeiras via caixas eletrônicos, a realidade dos ATM’s (caixas eletrônicos) já é impressionante. A cidade de Nova York, por exemplo, está se unindo a uma tendência que já domina o resto do país. Menos agências bancárias ou agências bancárias menores”, explica Mingrone.
A interoperabilidade também é uma questão de grande relevância para que se possa dar continuidade ao desenvolvimento das fintechs no Brasil, que têm o potencial de aumentar a concorrência no setor financeiro. Algumas das novas fintechs podem ter contas operacionais e emitir instrumentos de pagamento. Mas seus clientes precisam poder usar os caixas eletrônicos para sacar dinheiro.
Enquanto isso, estudo do Banco Mundial informa que o mercado de cartões no Brasil é o segundo maior do mundo e o país possui 21 redes de caixas eletrônicos. Apesar disso, somente em duas redes (24 Horas e Saque e Pague) clientes de diferentes bancos podem fazer saques, pagar boletos e realizar consultas. As outras 19 redes são exclusivas para clientes das instituições financeiras que mantêm os equipamentos. Isso encarece os custos para o setor e os clientes.
“Em um mundo totalmente tecnológico em que as pessoas não querem perder tempo, investimentos cada vez maiores em sistemas melhores e ampliação das redes de caixas eletrônicos serão inevitáveis”, explica Francisco Moura, Diretor da ATM Club – empresa pioneira como incorporadora de investimentos em caixas eletrônicos nos Estados Unidos. As tendências mundiais são claras e apontam para um nível alto de interoperabilidade das redes de caixas eletrônicos em nível global. Aproximadamente dois terços dos bancos centrais que participaram de uma recente Pesquisa sobre Sistemas Globais de Pagamento indicaram que seus caixas eletrônicos e terminais POS são totalmente interoperáveis.
Visando avançar em direção a esse objetivo, o Bacen lançou uma consulta pública para aprimorar o sistema atual. O Banco Mundial também publicou recentemente uma nota sobre algumas experiências internacionais nesse sentido. Especialistas defendem que se o Brasil tem como objetivo aumentar a concorrência no setor financeiro, melhorar a experiência do cliente e reduzir os custos, além de realizar o pleno potencial das fintechs, garantir a interoperabilidade dos caixas eletrônicos seria um grande passo à frente.
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