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PREFEITURA ACELERA OBRA DA AVENIDA SETE PARA ENTREGAR ANTES DO CARNAVAL

Redação - 11/02/2020 09:00

No último dia 25 de outubro de 2018, a Prefeitura de Salvador iniciou as obras de requalificação da Avenida Sete de Setembro e da Praça Castro Alves. Sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), com projeto da Fundação Mario Leal Ferreira, a previsão de duração das obras era de 14 meses. No entanto, até ontem (10), as intervenções envolvendo a revitalização dos dois espaços, ainda não foram finalizadas. A corrida da prefeitura é liberar o local para o Carnaval.

Por outro lado, a Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra) – que ficou responsável pela requalificação de Ondina – informa que, “a segunda etapa da obra encontra-se em fase final, com 97% das intervenções concluídas e a entrega está prevista para antes do Carnaval”. Em coletiva aos jornalistas, o prefeito ACM Neto foi taxativo: “O Carnaval acontecerá mesmo com as obras”. Todavia, no momento, há poucos dias da Folia de Momo, três obras de requalificação estão sendo realizadas pela administração municipal, em circuitos da festa. São elas: Ondina, Avenida Sete e no bairro do Curuzu, de onde sai o tradicional bloco afro, Ilê Aiyê.

Para o folião Adenildo Guerra dos Santos, que não vê a hora dos trios irem ás ruas, as obras em questão, vão prejudicar o ritmo gostoso da folia. “Acho que, de certa forma, as obras vão prejudicar sim. Uma vez que, elas não estão totalmente completas para que o folião se sinta muito mais á vontade de dar os seus pulinhos. O ideal seria que essa obra da Avenida Sete fosse realizada depois do Carnaval. Com ela, em andamento, o folião corre sério perigo de segurança. Os riscos maiores são na altura dos passeios. A pessoa pulando pode torcer o pé; se desequilibrar e até cair!”

Disposto em ficar pulando – como sempre – atrás do trio elétrico, Wellington Barbosa acredita que as obras venham prejudicar um pouco o ritmo dos foliões. “Sem as obras completadas vai ser péssimo sair atrás dos trios, em razão da mobilidade dos carros que vão enfrentar as buraqueiras das obras. Acredito até que pelo pouco tempo antes da festa, as obras não serão finalizadas e minha preocupação é com a colocação dos tapumes. Com eles, dificilmente, os trios terão condições de passar de maneira tranquila”.

Para Gabriel Azevedo, o mais jovem dos foliões entrevistados, e que diz estar com toda disposição do mundo para pular os dez dias de folia, do denominado “Carnaval dos Carnavais“, as obras que estão sendo realizadas são importantes, principalmente, para as pessoas que vivem nos locais onde a requalificação acontece ou para aqueles que mantém nesses espaços, os seus negócios particulares. “Mas pode ter certeza, de que as obras vão sim, nos prejudicar a ter mais alegria e tranqüilidade na festa”, comenta. E diz ainda: “Como o Carnaval, até certo ponto, é uma festa perigosa, pode ter brigas e alguém por pura maldade, empurrar uma pessoa dentro de um desses buracos só para machucar”.

De todas as pessoas entrevistas Maiana Alcântara foi a única a se pronunciar sem receio sobre a aposta no Carnaval de paz e tranquilidade. “Acredito que as obras não irão prejudicar a ninguém. Eu vi uma reportagem no BATV, da TV Bahia, em que eles diziam que vão asfaltar a nossa Avenida Sete para o Carnaval e que depois retomariam as obras. Então, não deve atrapalhar eu de dar os meus pulinhos. Aposto também que os trios elétricos vão passar pela avenida tranquilamente. Já dá para ver que em alguns pontos, o asfalto está pronto. Eu quero viver um bom Carnaval tanto para mim como para todo mundo”, finalizou.

A intervenção em Ondina, no Circuito Dodô (que começa na Barra), estará pronta antes da folia e será inaugurada no próximo dia 18. Sobre as obras na Avenida Sete, onde está localizado o Circuito Osmar, a primeira etapa estará concluída também no dia 18. “Não vamos fazer inauguração. Vamos liberar, apenas, a passagem da Avenida Sete e, na quinta após a Quarta-feira de Cinzas, será retomada a obra. Mas a avenida estará em pleno uso para o Carnaval”, afirmou o prefeito ACM Neto.

A outra obra em andamento, a Rua Nova do Curuzu, onde está situado o Circuito Mãe Hilda Jiltolu, estará liberada até a entrada da Senzala do Barro Preto, permitindo assim a tradicional saída do bloco Ilê Aiyê do bairro. “Aí a obra para, depois do Carnaval será retomada e, assim como a Avenida Sete, será inaugurada em maio”, completou o prefeito. Por sua vez, a secretaria municipal de Cultura e Turismo (Secult) esclarece que o Carnaval não terá qualquer prejuízo por conta das obras de requalificação da Avenida Sete e da Praça Castro Alves. “O trecho da Casa D’Itália até o Relógio de São Pedro, que representa ¾ da via, terá toda a infraestrutura concluída, incluindo valas técnicas com fios de telefonia, redes de água, rede de drenagem, além da pavimentação da via e da calçada (que passa a ter cinco metros de largura na parte esquerda da via)”.

A infraestrutura e pavimentação da Praça Castro Alves também serão entregues, com exceção do trecho do achado arqueológico que foi encontrado e terá uma readequação do projeto. Após o Carnaval, a pavimentação da via em frente à Praça Castro Alves será feita, com implantação de paralelepípedo em um trecho que será compartilhado entre carros e pedestres. “Entre o Relógio de São Pedro e o Sulacap nós iremos avançar com as obras com trechos menores, de aproximadamente 50 metros, para cumprir o cronograma de conclusão até o mês de maio de 2020. Nestes trechos, nós iremos executar as valas técnicas e pavimentando logo em sequência”, informa a Secult.

As obras na Avenida Sete e Praça Castro Alves foram financiadas pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), através do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur). Divididas em etapas, elas recebem um investimento de R$ 17,5 milhões, com execução do Consórcio Nova Avenida Sete, que venceu a licitação. “Na Praça Castro Alves, todo o piso será intertravado e compartilhado, com retirada do asfalto, produzindo um novo efeito estético ao local” finaliza.(tb)

Foto: divulgação

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