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MANDETTA ORIENTA MENOS PIPOCA ATRÁS DO TRIO ELÉTRICO NO CARNAVAL

Redação - 07/02/2020 09:15

O governo federal decidiu não adotar medidas específicas para combate ao coronavírus no Brasil durante o Carnaval, mas fez algumas recomendações sobre uma suposta “etiqueta respiratória” que deve ser replicada pelos foliões. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, se reuniu com secretários estaduais de Saúde e foi questionado sobre orientações para a festa, que reúne milhões de pessoas em várias cidade do país. Mandetta inicialmente, brincou: “Deixa o carnaval”.

No entanto, recomendou aos Estados que orientem medidas do que chamou de “etiqueta respiratória”.  “Carnaval é vida que segue. O que estamos colocando é etiqueta respiratória. Lavar as mãos várias vezes ao dia, se for espirrar, colocar o cotovelo na frente. Tentar falar isso no Carnaval, que a pessoa tem que ter um pouco mais de etiqueta [respiratória] no Carnaval. Mas não conheço ainda o impacto disso”, disse o ministro.

O governo preferiu descartar campanhas de prevenção ao coronavírus durante a festa para evitar criar “pânico” na população, já que não há, até então, casos confirmados da doença no Brasil. O último boletim mostra redução para nove pessoas sendo monitoradas com sintomas em cinco estados: Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

“Vocês que são secretários estaduais dialoguem com os seus carnavalescos e peçam um pouco mais de etiqueta carnavalesca, mais aqueles bailes de salão de antigamente, colombina, menos pipoca atrás do trio elétrico [ri]. Não sei como vocês vão fazer, façam do seu jeito. Mas não tem eficácia nenhuma a gente ter esse tipo de coisa  [restrições], senão daqui a pouco vão falar para o futebol, para o avião”, disse.

Discurso semelhante foi adotado mais tarde pelo ministro da saúde, pelo presidente Jair Bolsonaro, e pelo presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra, que destacaram orientações de higiene durante o Carnaval. “É o lavar as mãos, é evitar tossir ou espirrar sem um obstáculo à frente, para evitar que gotículas… Esse vírus é transmitido por gotículas. As gotículas de fala podem contaminar todo mundo num raio de um metro”, disse Antônio Barra.

O presidente da Anvisa foi interrompido por uma brincadeira de Bolsonaro: “E essa história de beijar todo mundo?”, perguntou o presidente. Barra respondeu que a postura envolve “outros riscos, além da transmissão de coronavírus”. “Sapinho, por exemplo”, acrescentou o presidente.

Foto : Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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