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ENTREVISTA PRESIDENTE DO SINDUSCON-BA CARLOS MARDEN

admin - 03/02/2020 07:00 - Atualizado 03/02/2020

Por: João paulo Almeida

Bahia Econômica – A oferta de crédito imobiliário nos bancos do Brasil e outros fatores fizeram com que a construção civil conseguisse ter um ano de 2019 muito positivo.  Qual a expectativa para o setor na Bahia em 2020?

Carlos Marden – Por enquanto ainda não podemos falar que já exista, efetivamente, um expressivo retorno na oferta de crédito imobiliário dos bancos, sobretudo aqui na Bahia; já percebemos é que com a inflação controlada em patamares civilizados e a taxa de juros ganhando contornos aceitáveis, com a SELIC agora em 4,5% (a menor da história) o custo dos financiamentos vem diminuindo, e, gradualmente aumentando a confiança e decisão do comprador de imóveis, que representam significativas parcelas de nossos negócios. Portanto, com a continuidade das reformas necessárias, o círculo virtuoso do progresso começando a desenhar-se, o emprego começa a surgir e a economia encontra bases para desenvolver-se solidamente. Com isso, acreditamos, que já agora em 2020 teremos resultados mais expressivos para o setor, que vem de uma tormenta que, iniciada a partir de 2013, só a partir de 2017, com a reforma trabalhista, começou a desanuviar, e sensivelmente, a partir de 2019 com os efeitos já comentados.

BE- A geração de empregos no setor ajudou o Brasil a diminuir o desemprego em 2019. Qual a expectativa para geração de empregos na construção civil em 2020?

CM- Evidente que sim, inclusive temos constatado aqui na Bahia através do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho), que nos últimos meses o saldo de empregos vem sendo positivo, resultando na criação de novos postos de trabalho de forma contínua.

BE- Como o senhor avalia a chegada das novas ofertas de crédito imobiliário para o consumidor?

CM- Avalio de forma muito positiva, uma vez que possibilitará a retomada de projetos de novas obras que gerarão novos empregos e renda, fazendo girar a economia, que assim se desenvolve, reconduzindo-nos aos caminhos do progresso.

BE- Qual será seu foco de gestão à frente do Sinduscon-BA?

CM-  Com o fim da contribuição sindical obrigatória, a manutenção dos sindicatos patronais no Brasil tornou-se um grande desafio institucional, mantermos o Sinduscon-BA atuante, na defesa e no fortalecimento da indústria da construção, configura-se hoje como uma tarefa muito difícil, precisaremos nos reinventar, mobilizando a todos do setor, pois acreditamos firmemente que unidos superaremos as incertezas que ora atravessamos.

E é com este espírito de nos reinventarmos, que trabalharemos incentivando a Inovação e seus conceitos, transformando velhos hábitos onerosos em práticas mais enxutas, que demandem menos recursos e ofereçam melhores resultados. Esperamos com isso criar oportunidades para muitas empresas impulsionarem sua competitividade, otimizando a qualidade de seus produtos e serviços.

Também, vamos trabalhar no estreitamento ainda maior dos vínculos de cooperação do SINDUSCON com a Administração Pública, para assim possibilitar diálogos mais diretos, de modo a que possamos dar voz aos pleitos legítimos dos nossos associados perante os órgãos e concessionárias de serviços públicos.

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