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BRASIL DIZ QUE NÃO PODE TIRAR CIDADÃOS DE ÁREA COM CORONAVÍRUS

Redação - 28/01/2020 14:30

O embaixador do Brasil em Pequim, Paulo Estivallet de Mesquita, afirmou nesta terça-feira (28) que a China não autorizou voos de evacuação de países que querem retirar seus cidadão da província de Hubei, onde há mais casos de coronavírus, mas ao menos 11 outros países têm planos para enviar aviões. Há cerca de 70 brasileiros na província, segundo a embaixada –40 deles são registrados, e estima-se que haja outros 30. Segundo o diplomata, “as autoridades chinesas não estão facilitando em nada a retirada das pessoas dessa área”, e só haverá um plano para fazer isso quando for possível.

“Neste momento as autoridades chinesas não estão permitindo a saída de ninguém, de nacionais de nenhum país”, afirmou ele. Houve uma reunião, na chancelaria (sede do Ministério das Relações Exteriores da China) com embaixadores, e, nesse encontro, os chineses afirmaram que nenhum voo de evacuação foi autorizado, disse Mesquita. “Os estrangeiros que estiveram em contato com pessoas em Wuhan podem ser um vetor de disseminação. Faz parte de qualquer esforço de retirada de nossos nacionais também a responsabilidade de evitar que isso aconteça, sobretudo que a gente não gere um foco em outras regiões, a começar pelo próprio Brasil.”

Segundo ele, “neste momento, infelizmente, é necessário manter a calma e ter paciência”. O presidente Jair Bolsonaro afirmou que vai conversar com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sobre o tema. “Vou agora de manhã atrás do Mandetta para tomar pé de fato do que está acontecendo até o momento”, afirmou o presidente. Em nota, o Ministério de Relações Exteriores do Brasil afirmou que governo chinês “tem mantido comunicação constante com os representantes diplomáticos e consulares e, até o momento, não considera organizar a retirada de estrangeiros das áreas já em situação de isolamento”.

Ao menos 11 países fazem planos para evacuar seu corpo diplomático e cidadãos das áreas chineses atingidas pelo coronavírus. Outros dois, Canadá e Mianmar, têm nacionais que estão expostos na China, mas, por enquanto, não pretendem enviar aviões.

Foto: divulgação

 

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