Do total de 644 mil vagas de emprego formal criadas no Brasil em 2019, uma fatia de 16,5% (106 mil) foram nas modalidades de trabalho intermitente ou de regime de tempo parcial, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta sexta-feira (24) pelo Ministério da Economia. Na modalidade de trabalho intermitente, houve um saldo de 85.716 empregos, envolvendo 14.007 estabelecimentos e 11.021 empresas contratantes. Ainda segundo o Caged, um total de 4.328 empregados assinaram contrato nesta condição com mais de uma empresa.
Já no regime de tempo parcial, foram criados 20.360 empregos envolvendo 26.184 estabelecimentos e 22.326 empresas contratantes. Essas duas modalidades foram permitidas com a aprovação da reforma trabalhista, que entrou em vigor em novembro de 2017. No trabalho intermitente, o empregado ganha por hora trabalhada e não há garantia de jornada ou remuneração mínima por mês. Já o contrato de tempo parcial permite jornadas de até 30 horas semanais.
Desde a criação do trabalho intermitente, o saldo de vagas da modalidade foi positivo em todos os meses até agora – diferente do total de vagas formais, que chegou a registrar quedas bruscas em alguns momentos. Já o trabalho parcial registrou apenas dois meses com desligamentos superando as contratações.
Trabalho intermitente por setores
Apesar do avanço, até agora as contratações na modalidade intermitente estão bem abaixo da expectativa divulgada pelo governo na época da criação da modalidade, de criar 2 milhões de empregos em 3 anos, ou 55 mil vagas por mês. Os setores que mais contrataram na modalidade de trabalho intermitente em 2019 foram, pela ordem: r Serviços (+39.716), Comércio (+24.327), Indústria de Transformação (+10.459), Construção Civil (+10.044), Agropecuária (+971), Serviços Industriais de Utilidade Pública (+118), Extrativa Mineral (+77) e Administração Pública (+4).
As 10 ocupações que mais demandaram o trabalho intermitente foram:
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