O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será notificado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para solicitar informações sobre o contrato do banco público com o escritório estrangeiro de advocacia Cleary Gopttlieb Steen & Hamilton LLP. A informação foi divulgada pela OAB nesta terça-feira, 21.
Segundo a OAB, o objetivo é “verificar se foram cumpridas as normas legais que disciplinam o exercício da atividade de consultores em direito estrangeiros no País”.
Conforme revelou o Estado, o BNDES gastou R$ 48 milhões com auditoria que prometia abrir a “caixa-preta” em operações relacionadas ao grupo J&F, que controla a JBS. Após um ano e 10 meses de investigação, o banco divulgou, no fim de dezembro de 2019, relatório que não apontou nenhuma evidência direta de corrupção em oito operações com a JBS, o grupo Bertin e a Eldorado Brasil Celulose, realizadas entre 2005 e 2018.
Esse valor da auditoria foi pago a um escritório estrangeiro, o Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP, que subcontratou outro brasileiro, o Levy & Salomão. A assessoria do BNDES disse que o relatório de oito páginas é um resumo crítico da auditoria e que outro parecer, “mais robusto” foi entregue às autoridades.