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BRASILEIROS ACREDITAM EM MELHORA DA ECONOMIA, MAS OTIMISMO DIMINUI

Redação - 21/01/2020 14:30

Mais da metade da população economicamente ativa está otimista com os rumos da economia neste ano, após a aprovação da reforma da previdência e a queda da Selic ao mínimo patamar histórico. De acordo com pesquisa da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) encomendada ao Datafolha, 62% dos brasileiros esperam que o cenário melhore em 2020. O resultado representa queda de 12 pontos percentuais em relação a 2019, quando 74% dos entrevistados responderam de forma positiva.

O otimismo é maior entre os homens, já que 66% acreditam que a economia terá melhor desempenho este ano, contra 57% das mulheres. Os moradores do Norte e do Centro-Oeste também são mais esperançosos: em cada uma dessas regiões, 71% dos entrevistados responderam que 2020 será melhor do que 2019 (62% no Nordeste, 61% no Sudeste e 60% no Sul).

Entre os pessimistas, aumentou de 14% para 21% a parcela da população que espera piora na economia este ano. Os que acreditam que a atividade econômica deve permanecer igual passaram de 12% para 17%.

A pesquisa também apresentou aos entrevistados três importantes temas que dominam a pauta econômica dos noticiários e que poderiam aumentar, diminuir ou manter as intenções de investimento em 2020. A redução dos juros é o principal fator de estímulo às aplicações financeiras, apontado por quase metade dos entrevistados (48%). O risco de desemprego estimula 37% das pessoas a investir, ao mesmo tempo em que diminui a propensão de outros 37%. Já a reforma da previdência motiva 36% da população a fazer aplicações financeiras, de olho na aposentadoria.

“O contexto econômico deve ser levado em conta ao se fazer qualquer tipo de investimento. Os juros baixos, por exemplo, trazem a necessidade de diversificar as aplicações. A reforma da previdência, por sua vez, acende um alerta sobre como se preparar para aposentadoria”, afirma Ana Leoni, superintendente de Educação e Informações Técnicas da ANBIMA. ”O brasileiro deve estar cada vez mais consciente de que é o responsável pela sua vida financeira, e de que a forma como lida com o dinheiro hoje vai se refletir na tranquilidade ou no aperto financeiro que ele vai viver no futuro”, completa.

Para a pesquisa, foram realizadas 3.433 entrevistas em todo o Brasil, distribuídas em 149 municípios, com a população economicamente ativa, inativos que possuem renda e aposentados, das classes A, B e C, a partir dos 16 anos. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

Foto: divulgação

 

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