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ÍNDICE DE CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO DO COMÉRCIO DE SALVADOR É O MAIOR DESDE JANEIRO DE 2014, ANALISA FECOMÉRCIO-BA

Redação - 17/01/2020 14:50

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) mostrou 120,3 pontos em janeiro, alta de 2,7% em relação a dezembro e 5% acima do visto neste mesmo mês no ano passado. O atual patamar é o maior desde janeiro de 2014 quando o ICEC estava nos 126,9 pontos. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) é analisado mensalmente pela Fecomércio-BA. O indicador varia entre 0 a 200 pontos, sendo que de 0 a 100 pontos é considerado patamar pessimista e de 100 a 200 pontos, otimista.

Onde houve o maior avanço foi no Índice das Condições Econômicas Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), ao passar de 91,1 pontos em dezembro para 97,3 pontos em janeiro, alta de 6,7%. Também foi o que teve o maior aumento no contra ponto anual, de 16%. Os empresários de Salvador estão enxergando um ambiente mais favorável no seu próprio negócio e na economia de modo geral.

O último sub índice, Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), apresentou ligeira retração de 0,6%. Porém, ainda permanece na área de otimismo com 102,7 pontos. O que causou esse resultado foi a intenção de contratação que caiu 4,2% na comparação mensal. As contratações, em grande parte, já haviam sido feitas antes do final do ano para atender a demanda da Black Friday e do Natal. Agora, há um processo de readequação do quadro de funcionários para as vendas do primeiro semestre.

É uma questão pontual e que não deve permanecer. Por outro lado, houve aumento tanto na intenção de investimentos quanto no estoque, o que sinaliza uma boa expectativa de vendas para o início do ano. No geral, desde o início do ciclo de alta que começou em julho, o indicador já avançou 19,3%. Esse resultado é reflexo da melhora evidente da economia e nas vendas do comércio. Os dados do IBGE demonstram esta tendência de maneira clara, pois no primeiro semestre as vendas no estado da Bahia retraíram 1,1%, enquanto no período de julho a novembro, último dado disponível, o saldo é positivo em 3,8%.

O ano de 2019 foi dividido em dois momentos: o primeiro com o cenário difícil de articulação política e andamento das reformas no primeiro semestre. E o segundo, já na segunda metade do ano, com a aprovação da reforma da previdência e da liberdade econômica, medidas de estímulo ao consumo como a liberação do FGTS, PIS e PASEP, criação da semana patriótica, entre outros que geraram o aumento da confiança e melhora dos indicadores econômicos.

Como a economia está melhorando de forma estruturada e não sendo mais determinado por medidas pontuais ou artificialmente, as vendas devem continuar de maneira positiva e tendem a ter um ritmo mais acelerado ao longo deste ano, impulsionado pelo aumento da oferta de crédito. A taxa de juros básica da economia no menor patamar histórico, com o mercado de trabalho mais aquecido, dá condições para os bancos facilitarem o crédito para os consumidores, e eles, por sua vez, estão conseguindo quitar as dívidas contraídas. O resultado desta equação está chegando através do aumento do consumo e, desta forma, o ICEC deve continuar a apresentar crescimento da confiança nos próximos meses.

Foto: divulgação

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