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BOLSONARO VAI A ÍNDIA APROXIMAR RELAÇÕES COMERCIAS COM O PAÍS ASIÁTICO 

Redação - 13/01/2020 07:30 - Atualizado 13/01/2020

Com o cancelamento do ida no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, uma viagem do presidente Jair Bolsonaro à Índia será a principal agenda que ele começará neste ano. Uma comitiva brasileira está em Nova Délhi entre os dias 24 e 27 deste mês. Segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência, uma agenda do grupo ainda está sendo montada. Já é certo, porém, que Bolsonaro vai depositar flores no túmulo do pacifista Mahatma Gandhi, principal líder da independência indiana, como fez FHC e Lula, quando estiveram presidentes.

Bolsonaro é convidado de honra do primeiro ministro Narendra Modi para comemorações do Dia da República da Índia, celebrado em 26 de janeiro. Além de uma visita diplomática, um país asiático também terá um forte apelo comercial. Assim como o Brasil, a Índia faz parte dos Brics, bloco de países emergentes, formado em 2006, integrado também pela Rússia, China e África do Sul. Se considerar o crescimento da Índia nos últimos anos e a participação de Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial de 2019, há muitos motivos para acreditar que os frutos colhidos nesta viagem devem ser maiores do que uma eventual participação no fórum deste ano, apesar de praticar eventos com natureza. diferentes.

“É uma excelente viagem para o início do ano”, disponível para o gerente executivo de comércio exterior da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Diego Bonomo. “Basta pensar no ano passado, o presidente visitou e depois visitou também no Brasil dos países que representam 54% do comércio exterior. Mas alguns países, claro, ficaram de fora. Um deles é na Índia. Então, comece o ano com essa viagem em um mercado grande e que tenha esse simbolismo da visita, faça o convite e os dados escolhidos, é muito importante. É uma visita a quem tem expectativa de resultado bastante ”, diz.

De acordo com o relatório do Fundo Monetário Internacional de julho de 2019, para este ano a perspectiva de crescimento econômico da Índia (7,1%) é superior à China (5,9%). Diesel, inseticidas e poliéster são os principais produtos que o Brasil compra da Índia. Daqui, saem principalmente: petróleo, soja e ouro. “A Índia é um dos dez mercados estratégicos para a indústria. É o segundo maior mercado consumidor do mundo, perde para a China e até o meio do século deve superar a China e tornar-se o maior mercado consumidor do mundo ”, aponta Bonomo.

Uma previsão é que o comitê seja composto pelos ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, Agricultura, Tereza Cristina, Economia, Paulo Guedes, Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes e Minas e Energia, Bento Albuquerque, além do secretário Especial de Comércio Exterior, Marcos Troyjo. O peso da comissão revela como intenções. Ao menos três negociações encaminhadas devem ser anunciadas durante uma viagem.

A primeira é o acordo de cooperação e facilitação de investimentos (ACFI). Outra é um acordo previdenciário, que permite às empresas coletar uma única vez para a segurança social e para empregados expatriados registrados ou período de trabalho para aposentadoria. A terceira negociação é um acordo para colocar fim à bitributação entre os dois países. A expectativa de Bonomo é que a viagem traga resultados imediatos para o comércio e a indústria do Brasil.

Agricultura. Em dezembro, a ministra Tereza Cristina havia aqui uma parceria na produção de etanol, um dos temas publicados. “Um dos pedidos do primeiro ministro (Modi) quando esteve aqui (durante uma Cúpula do Brics) foi tratado de bioenergia”, disse um ministro. Outro assunto é a perspectiva de venda de carne de aves para os indianos, que abriu o mercado para os produtos brasileiros. Em 2019, uma Índia consumiu cerca de 5 milhões de toneladas de carne, valor superior ao volume exportado de carne brasileira de frango para outros países, de 4 milhões de toneladas em 2018.

Foto: divulgação

 

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