A safra de grãos de 2019/2020 no Brasil, que começou em julho de 2019 e vai terminar em junho, deverá chegar a 248 milhões de toneladas, crescimento 2,5% na comparação com o ciclo anterior, de acordo com levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quarta-feira (8). A expectativa é que sejam cultivados 64,2 milhões de hectares, alta de 1,5% em comparação à da safra anterior.
A produção de soja, que vem mantendo a tendência de crescimento na área nesta temporada, também deve crescer a produção em 2,6% em relação ao ciclo passado, chegando a 122,2 milhões de toneladas. Segundo o governo, as condições climáticas, que apresentaram certa instabilidade no início do plantio de verão na maioria das regiões produtoras, agora estão com ritmos normalizados e com boa expectativa de produtividade.
O levantamento da Conab leva em conta o calendário de safra, que começa em julho e termina junho do ano seguinte. Diferentemente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que considera o que foi produzido durante os 12 meses do ano. Quanto ao milho primeira safra, a previsão é de aumento em 1,1% na área semeada, totalizando 4,15 milhões de hectares e uma produção de 26,6 milhões de toneladas, com ganho de 3,8% sobre a de 2018/19.
A favor desse desempenho, há fatores como o aumento nas exportações brasileiras do cereal e no mercado interno, derivados da demanda por confinamento e produção de etanol, mesmo a despeito da concorrência com a soja. O algodão, apesar da tendência de crescimentos significativos de área nas duas últimas safras, apresentou uma variação positiva menor de 2,7%, atingindo 1,6 milhão de hectares. Já a produção do caroço deve chegar a 4,1 milhões de toneladas e a da pluma em 2,8 milhões de toneladas.
Os números do feijão primeira safra mostram redução de 1,9% na área em comparação com a temporada passada. A cultura também perde espaço para a soja e o milho que apresentam melhor rentabilidade. Também o trigo cuja safra está finalizada, deve alcançar 5,15 milhões de toneladas e redução de 5% em relação a 2018. O arroz é outro que sofre esta concorrência, com tendência para uma redução de 0,7% na área e produção de 10,5 milhões de toneladas.(g1)
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