O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo brasileiro não vai se manifestar sobre a morte do general iraniano Qassem Soleimani por não ter o “poderio bélico” dos Estados Unidos. “Eu não tenho o poderio bélico que o americano tem para opinar neste momento. Se tivesse, eu opinaria”, afirmou ao ser questionado sobre como o Brasil via a atitude dos Estados Unidos.
Soleimani foi morto nesta quinta-feira (2) em Bagdá, no Iraque, em um bombardeio ordenado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O general era o líder da Força Al Quds, unidade especial da Guarda Revolucionária. O que se sabe sobre o bombardeio ordenado por Trump e a morte do principal general iraniano. Bolsonaro disse que, por enquanto, está descartada manifestação do Brasil sobre o tema por meio do Itamaraty.
O presidente foi questionado pelos jornalistas na saída de um hospital em Basília onde a primeira-dama Michelle Bolsonaro está internada por conta de uma cirurgia plástica. O presidente afirmou conversar com autoridades americanas e que os dois países são aliados em muitas questões. Porém, não detalhou o posicionamento do Brasil diante dos Estados Unidos e se limitou a dizer que essas conversas são reservadas. Sobre se haveria alguma sanção por parte do Brasil, Bolsonaro disse: “Não, não há. Tudo fica no radar, tudo fica na mesa”.
O presidente disse saber do poderio bélico e econômico do Brasil, que, diz ele, deixou muito a desejar nos últimos trinta anos. “Uma corrida para recalcar as Forças Armadas num nível mais baixo possível. Por que? Porque nós sempre fomos o último obstáculo para o sonho deles que era o socialismo e isso nós levamos em conta. Você não faz as Forças Armadas, não recupera de uma hora pra outra. Acredito que nós devemos ter umas Forças Armadas melhor preparada belicamente e material para os próximos anos”, completou.
Sobre se há uma meta de investimentos nas Forças Armadas, Bolsonaro disse que devem ser de acordo com o andamento da economia. “Agora, no meu entender, é investimento, é garantia, é a certeza de democracia e liberdade as Forças Armadas”, afirmou.
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