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REFORMA MINISTERIAL DE BOLSONARO AINDA NÃO TEM DATA PARA ACONTECER

Redação - 01/01/2020 13:00

Embora ainda não tenha definido uma data, Bolsonaro deve fazer uma reforma ministerial pontual. O principal foco de atenção, segundo interlocutores do presidente, é o Ministério da Educação, comandado por Abraham Weintraub. No mês passado, um relatório preparado por uma comissão da Câmara, revelado pelo Estado, indicou a falta de ações concretas para a alfabetização, um dos principais compromissos do governo. Após esse parecer, coordenadores da equipe responsável pelo setor foram demitidos.

Ao Estado, a pasta antecipou que vai lançar o programa de alfabetização entre janeiro e fevereiro, mas não deu detalhes sobre o teor da proposta. Bolsonaro tem negado que fará mudanças no primeiro escalão. Em pronunciamento de Natal, transmitido na noite do dia 24, Bolsonaro afirmou que 2019 acaba “sem qualquer denúncia de corrupção”, embora haja investigações em curso contra os ministros Marcelo Álvaro Antônio (Turismo) e Ricardo Salles (Meio Ambiente). Outra questão que deverá tomar sua atenção é o processo contra o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), seu filho. O Ministério Público do Rio investiga a suposta prática de “rachadinha”, quando servidores são coagidos a devolver parte do salário, no gabinete do então deputado estadual.

A Câmara dos Deputados também busca protagonismo na área social. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), lançou em novembro um pacote de projetos voltados ao combate à pobreza. Segundo Maia, a meta da chamada agenda social é ter um País mais igual, com a redução, ao longo dos anos, da desigualdade entre os brasileiros. Escalada pelo presidente da Câmara, a deputada Tabata Amaral (PDT-SP) liderou um grupo de parlamentares para debater as propostas – uma das principais é incluir na Constituição o programa Bolsa Família, como já ocorre atualmente com o salário mínimo. “Sensibilizamos (os líderes de bancada) de que há um vácuo, uma ausência muito grande do governo nessa área e que a Casa deveria ocupar”, afirmou Tabata ao Estado em outubro.

Sem detalhar a origem dos recursos, as propostas da agenda social estão divididas em cinco eixos – distribuição de renda, incorporação de beneficiários de programas sociais no mercado de trabalho, incentivo à formalização de empregos, expansão do atendimento de saneamento básico e melhora da gestão de políticas públicas.

Foto: divulgação

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