Matheus Reis, Armero e Juninho Capixaba. Léo e Paulinho. Moisés e Giovanni. Esses foram os jogadores encarregados de ocupar a lateral esquerda do Bahia desde que o tricolor voltou a jogar na Série A do Campeonato Brasileiro, em 2017. Neste ano, o setor se tornou uma dor de cabeça para Roger Machado, técnico tricolor: titular da posição, Moisés terminou a temporada em baixa e o comandante não tinha nenhuma outra opção porque Giovanni, reserva que também não havia feito boas apresentações, sofreu uma lesão no tendão de Aquiles em novembro e desfalcou o time nas últimas sete rodadas.
Por esse, mas também por outro motivo, o Bahia está à procura de um lateral esquerdo. É que Roger não esconde de ninguém sua predileção pelo chamado jogo apoiado.
Para o torcedor menos ligado no tatiquês, jogo apoiado é basicamente uma reunião de vários conceitos do futebol ofensivo na modernidade. Engloba o tiki-taka, triangulações e, dessa forma, oferece mais opções de jogada para o atleta que está com a bola. Esse conceito exige muito treinamento e qualidade com e sem a bola nos pés. É um estilo de jogo que preza muito pela movimentação, “tocar e sair”, ocupar espaços vazios e todos esses jargões comuns atualmente no futebol.
Os laterais têm papel essencial nesse modelo de jogar futebol: seja para dar opção de tabela aos pontas, “alargar” o campo, cruzar a bola na área para os atacantes e, vez ou outra, aparecer dentro da área para finalizar. No Bahia, Nino Paraíba e João Pedro, na direita, reúnem essas características, cada um a seu modo. O primeiro, inclusive, marcou todos os seus três gols na temporada após a chegada do treinador gaúcho.
No entanto, o mesmo não acontece do lado esquerdo, e por isso o técnico do Bahia deseja um lateral mais construtor do que destruidor para 2020.
A tendência é que Moisés acabe na reserva – ou seja negociado, se houver proposta. Já seu atual suplente, Giovanni, não terá o contrato renovado. Ele tem vínculo com o clube até maio.
*foto: reprodução – Felipe Oliveira- Ec Bahia