A Prefeitura e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional concedem, nesta quinta-feira (26), às 14h30, uma coletiva de imprensa para explicar o achado arqueológico na Praça Castro Alves, encontrado durante as obras de requalificação do local, a cargo do município. O titular da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), Cláudio Tinoco, e o superintendente do Iphan na Bahia, Bruno Tavares, vão conversar com os jornalistas na Praça Castro Alves.
A equipe de arqueologia da obra de requalificação da Avenida Sete de Setembro e Praça Castro Alves encontrou uma estrutura de concreto durante as escavações. As suspeitas iniciais são de que os resquícios identificados podem ser as fundações do antigo Teatro São João, que foi construído a partir de 1806 e demolido em 1923 após um incêndio. Uma possível fonte de água do teatro também foi localizada no local.
As estruturas foram descobertas em uma escavação de 20 metros por 10 metros após prospecção arqueológica e o uso de um georradar para identificação de materiais no solo. O material ainda está em estudo. Um levantamento bibliográfico mais apurado será realizado para confirmar a origem da construção.
Escavações – Mais de 10 mil artefatos históricos foram encontrados na Avenida Sete durante as escavações. Dentre os achados recuperados estão faianças (cerâmicas) portuguesas do século XVI, cerâmicas de produção local e importação, moedas, cachimbos, contas de colares, ossos e até mesmo garrafas de vidro de produção industrial e artesanal.
As estruturas da Igreja de São Pedro e uma fonte de água foram outros itens encontrados durante as escavações na altura do Relógio de São Pedro. Uma bola de canhão, uma imagem de Nossa Senhora do Rosário ou da Saúde e a primeira urna de sepultamento indígena tupi-guarani na capital também foram descobertos durante o trabalho da arqueologia.
Por ser um trabalho histórico, todas as intervenções foram autorizadas pelo Iphan, que acompanha todos os achados e autoriza o resgate do material do solo. Após o fim das obras, todos os materiais serão transportados e disponibilizados para estudo no Centro de Antropologia e Arqueologia de Paulo Afonso.
Foto: Reprodução/ G1BA