O maior aumento ficou com o grupo alimentação e bebidas (2,68%), que voltou a ter alta depois de quatro meses seguidos de deflação pelo IPCA-15. A alimentação no domicílio teve aumento importante (3,71%), sentindo ainda a pressão inflacionária das carnes (15,17%). As despesas pessoais (2,19%) tiveram a segunda maior alta em dezembro e exerceram o segundo maior impacto no IPCA-15 do mês, na RMS, ainda carregando o aumento dos jogos de azar/ loteria (36,99%), ocorrido em meados de novembro.
A forte alta de preços registrada em dezembro também fez dos alimentos a principal pressão inflacionária no ano de 2019, na RM Salvador, segundo o IPCA-15. Alimentação e bebidas tiveram um aumento acumulado de 4,60% em 2019, o quarto maior entre os grupos, mas o mais importante para o índice geral, dado o peso das despesas com comida no orçamento das famílias na região metropolitana (cerca de 28,0%).
Os alimentos consumidos em casa (5,58%) tiveram uma maior influência no IPCA-15 do ano, na RMS, do que a alimentação fora (2,48%). Os aumentos no fim do ano fizeram as carnes em geral (20,08%) terem um impacto relevante na prévia da inflação de 2019. Apesar disso, a energia elétrica (11,96%) foi o item que mais puxou o IPCA-15 para cima, no ano de 2019, na Região Metropolitana de Salvador. Isso apesar do recuo no valor médio das contas de luz registrado em dezembro (-2,39%).
Ao lado do condomínio (7,30% no ano) e do aluguel (4,90%), a alta na energia fez o grupo habitação ter o terceiro maior aumento no acumulado no ano (4,68%) e ficar com a segunda maior contribuição para a alta do IPCA-15 de 2019, na RMS. Os transportes (3,37%), puxados pelo aumento dos ônibus urbanos (8,09%), foram a terceira maior pressão inflacionária no ano, segundo o IPCA-15.
Em 2019, na Região Metropolitana de Salvador, apenas os grupos vestuário (-0,64%) e artigos de residência (-0,86%) tiveram queda média de preços. Foram puxados, no primeiro caso, por calçados e acessórios (-4,81%) e roupas femininas em geral (-4,1%); e, no segundo caso, por mobiliário (-3,52%) e aparelhos de TV, som e informática (-5,76%). Apesar de os alimentos terem sido os que mais puxaram a alta do IPCA-15 em 2019, na RMS, itens de consumo importantes no dia-a-dia tiveram quedas e contribuíram para segurar a prévia da inflação do ano. Foi o caso, por exemplo, do tomate (-34,56%), da farinha de mandioca (-17,96%), do leite em pó (-7,96%) e do café moído (-9,87%).
foto: divulgação