Em mais uma troca de mensagens com familiares e diretores do grupo, o empresário Marcelo Odebrecht atribuiu a seu pai, Emílio Odebrecht, a crise financeira da companhia. Também foram alvo de críticas o executivo Ruy Lemos Sampaio, que acaba de assumir a presidência da holding, e Maurício Ferro, seu cunhado e ex-executivo do grupo. A informação é da Folha de São Paulo.
Nas mensagens, Marcelo expõe conteúdo de uma minuta com 64 páginas já enviada a executivos da empreiteira, incluindo a área de governança (compliance), que ele declarou que pretende enviar à força-tarefa da Lava Jato. Em outras mensagens, também fala em apropriação de patrimônio e obstrução de Justiça.
Ainda segundo a publicação, em relação a Emílio, Marcelo disse que o pai trabalhou para esvaziar a Kieppe, holding da família e controladora do grupo, “ao adquirir para si fazendas avaliadas em R$ 600 milhões e ter feito o pagamento com ações da Kieppe, e não com seus próprios recursos”. Emílio também teria usado seu poder para nomear executivos que tinham conflito de interesse, com decisões que beneficiavam a si próprios e prejudicavam a Odebrecht.
Foto: Luis Ushirobira/Valor