Embora o número de trabalhadores atuando nas ruas, em casa ou em veículos tenha aumentado tanto na Bahia como um todo quanto em Salvador, o perfil desse aumento foi diferenciado. Enquanto no estado o que puxa o crescimento continua sendo o trabalho em vias ou áreas públicas, na capital o trabalho em veículo teve o aumento mais expressivo, seguido de perto pelo trabalho em casa. Em 2018, na Bahia, 305 mil pessoas de 14 anos ou mais de idade trabalhavam nas vias ou áreas públicas (6,5% do total de pessoas ocupadas). Era o segundo maior contingente de trabalhadores que atuavam nas ruas dentre os estados, abaixo apenas do existente em São Paulo (338 mil, só 1,8% do total de pessoas ocupadas).
Em relação a 2017, o grupo cresceu 15,7%, o que representou mais 41 mil pessoas trabalhando nas ruas em um ano. Em relação a 2012, o aumento absoluto dos “trabalhadores de rua” na Bahia foi o maior do país: mais 93 mil pessoas (44,1%). As pessoas que trabalhavam na própria casa somavam 238 mil no estado, em 2018, 37 mil a mais que em 2017 (quando eram 201 mil), ou um incremento de 18,3% em um ano. Já o total de pessoas que tinham num veículo o seu local de trabalho cresceu com menos intensidade na Bahia como um todo, passando de 179 mil em 2017 para 189 mil em 2018, ou seja, mais 10 mil pessoas em um ano (+5,5%).
Se o número de trabalhadores em veículos não teve um aumento tão expressivo no estado, o mesmo não se pode dizer de Salvador. De 2017 para 2018, a cidade teve o terceiro maior aumento absoluto no número de pessoas que trabalhavam em veículos, entre as capitais do país. Esse contingente passou de 46 mil para 70 mil, ou seja, mais 24 mil pessoas (+52,7%) em um ano. A diferença (+24 mil trabalhadores em veículos) só foi menor que as registradas em São Paulo (de 149 mil para 275 mil, ou mais 127 mil pessoas trabalhando em veículos entre 2017 e 2018) e Manaus (de 38 mil para 64 mil, ou +25 mil em um ano).
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