A juventude negra brasileira está se instrumentalizando para garantir uma vida melhor e mais digna, mesmo nas situações onde é negada à cidadania e o direito de ter direito. Isso foi o que mostrou a Pesquisa Nacional sobre Organizações de Juventudes Negras, realizada pelo Itaú Social e pelo Observatório de Favelas.
As razões históricas e culturais mostram que o Nordeste e o Sudeste são as regiões que concentram a maioria das ações realizadas por organizações não governamentais em favor da população negra, respondendo por 37,5% e 30%, respectivamente.
A pesquisa mostrou ainda que 70% das organizações pesquisadas concentram suas atividades exclusivamente na juventude e 92% contam com jovens de até 29 anos entre seus colaboradores. Entre os temas que prevalecem nessas organizações, seja como ferramenta de luta ou como atividade meio, estão: arte e cultura (33%), direitos humanos (27%), educação (27%) e gênero (21%).
O estudo partiu de um mapeamento inicial de 200 entidades do movimento negro. Em seguida, a equipe de pesquisa desenhou um perfil das organizações de juventudes negras, usando como base informações detalhadas fornecidas por 40 Organizações da Sociedade Civil (OSCs), responsáveis por 63 projetos em todo o país.
*Foto: Reprodução- Correio