A queda de 1,7% na produção industrial da Bahia, na comparação com outubro de 2018, foi consequência do desempenho negativo tanto da indústria extrativa (-1,9%) quanto da indústria de transformação (-1,7%). Foi também resultado de recuos em 6 dos 11 segmentos da indústria de transformação pesquisados separadamente no estado. Com as retrações mais expressivas do mês, a fabricação de outros produtos químicos (-14,1%) e a fabricação de celulose, papel e produtos de papel (-12,7%) foram também as atividades que mais contribuíram para o desempenho negativo da indústria baiana em geral.
O segmento de outros químicos é o segundo mais importante na estrutura da produção industrial do estado e está em queda ininterrupta há um ano (desde novembro de 2018). Tem também o pior desempenho no acumulado neste ano de 2019 (-14,4%). Já o setor de celulose/papel recua seguidamente desde junho e acumula retração de 8,8% no ano. Por outro lado, dentre os cinco segmentos da indústria de transformação com alta de produção em outubro na Bahia, os destaques, em termos de contribuição positiva no resultado geral, foram, respectivamente, para a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (7,6%) e para a fabricação de bebidas (19,5%).
O segmento de derivados de petróleo é o mais importante na estrutura da indústria no estado e teve o terceiro resultado positivo consecutivo, puxado pelo aumento na produção de óleos combustíveis e querosene de aviação. Já a produção de bebidas foi a atividade com maior aumento de produção na Bahia, em outubro, e é o principal destaque positivo da indústria do estado no ano de 2019, com alta acumulada de 16,2%. O segmento cresce há 11 meses (desde dezembro de 2018) e foi puxado, em outubro, pelas maiores fabricações de cerveja/chope e água mineral.
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