Em 2018, segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), as famílias baianas gastaram em média por mês R$ 202,95 com produtos e serviços ligados à cultura, o que correspondia a 7,0% da despesa mensal total de consumo (estimada em R$ 2.906,56). Isso colocava a cultura como o quinto grupo de gastos de consumo mais importante no estado, de um total de 11, ficando atrás de habitação (28,2% das despesas de consumo), alimentação (21,6%), transporte (15,9%) e assistência à saúde (8,7%).
O peso da cultura nos gastos familiares era bem semelhante no país como um todo. Em 2018, o gasto médio mensal das famílias brasileiras com cultura representava 7,5% das despesas de consumo, o que significava uma despesa mensal de R$ 282,86 num total de R$ 3.764,51. Era também o quinto grupo mais importante. Na comparação com os demais estados, a Bahia tinha a 15ª maior despesa média mensal de consumo, mas apenas a 17ª maior despesa com cultura. Em valores gastos mensalmente com cultura, ficava atrás de todos os estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul, Amapá, Rio Grande do Norte e Sergipe. Perdia ainda para Amazonas e Acre, que, apesar de terem despesas de consumo totais menores do que a baiana, gastavam mais com cultura.
Em percentual da despesa de consumo destinado à cultura (7,0%), a Bahia também ficava na 15ª posição. Dentre os estados nordestinos, estava abaixo da Paraíba (onde a cultura representava 7,8% das despesas de consumo), Rio Grande do Norte (7,2%) e Maranhão (que, no indicador arredondado dedicava também 7,0% à cultura). As famílias do Distrito Federal eram as que gastavam mais com cultura, tanto em termos absolutos (R$ 608,91) quanto em proporção do total das despesas de consumo (8,7%). Alagoas tinha o menor valor gasto (R$ 119,66), enquanto Piauí tinha o menor percentual das despesas de consumo dedicado à cultura (5,1%).
Dentre os gastos das famílias com cultura, o mais importante (com maior valor e participação no total) eram aqueles com serviço de TV por assinatura e Internet. Eles consumiam mensalmente, em média R$ 115,05 na Bahia, o que representava quase 60% das despesas com cultura no estado (56,7%). Em seguida vinham os gastos com atividades de cultura, lazer e festas: R$ 27,6 por mês, em média, o que equivalia a 13,6% das despesas culturais realizada pelas famílias baianas. Bem próximo, em terceiro lugar, vinham os gastos com aquisição de eletrodomésticos (R$ 26,43 mensais, 13,0% das despesas com cultura).
No outro extremo, os gastos culturais menos relevantes para as famílias baianas era aqueles com reprodução de material gravado (R$ 0,62 por mês, 0,3% da despesa cultural), com instrumentos e atividade musical (R$ 1,78 ou 0,9% a despesa com cultura) e educação profissional e atividades de ensino (R$ 3,15 ou 1,6%). A ordem de importância era a mesma no Brasil como um todo.
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