As baixas taxas de inflação recentes vêm dando um alívio aos bolsos dos brasileiros, mas a alta de preços vem sendo mais sentida pela população de baixa renda.
Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (5) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), a inflação para famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos, calculada pelo IPC-C1, ficou em 0,56% em novembro. Já para o conjunto da população, medida pelo IPC-BR, essa taxa foi de 0,49%. Em novembro, o IPC-C1 havia registrado deflação de 0,12%.
Os preços também subiram mais para a população de baixa renda no acumulado em 12 meses: 3,98%, contra 3,61% do IPC-BR.
A alta do IPC-C1 foi puxada principalmente pela alta de 2,85% na tarifa de eletricidade residencial, seguida pela elevação, em 26,16%, nos jogos lotéricos – no início de novembro, a Caixa reajustou os preços dos jogos de suas loterias.
Também pesaram as altas registradas em carnes (12,27% no chã de dentro e 9,36% no acém) e de 9,93% na laranja pêra.
Entre as classes de despesas, sete das oito componentes do índice tiveram acréscimo em suas taxas de variação na passagem de outubro para novembro: Habitação (de -0,47% para 0,70%), Alimentação (de -0,18% para 0,60%), Despesas Diversas (de 0,45% para 2,48%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,09% para 0,59%), Vestuário (de 0,07% para 0,32%), Comunicação (de -0,03% para 0,14%) e Transportes (de 0,14% para 0,19%).
Apenas o grupo Saúde e Cuidados Pessoais apresentou recuo em sua taxa de variação (de 0,20% para 0,11%). (G1)
Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil