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SITUAÇÃO DO TRANSPORTE PÚBLICO AINDA É INSTÁVEL EM SUSSUARANA

Redação - 04/12/2019 11:59

O vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, Fábio Primo, disse que o clima em Sussuarana Velha ainda não é propício, nem seguro, para que os ônibus voltem a circular no bairro. O serviço foi suspenso na noite desta segunda-feira, 2, logo após um veículo ser incendiado na Avenida Ulisses Guimarães, em um dos acessos à comunidade.

A ação teria sido uma retaliação pela morte de Diego Conceição, 25 anos, conhecido como Calango, horas antes, durante uma troca de tiro com policiais militares do motopatrulhamento, na localidade Baixa da Paz.

Segundo Primo, apesar de a Polícia Militar ter reforçado o policiamento no bairro, os rodoviários só voltarão a trabalhar depois que o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, aceitar se reunir com a categoria. “Não temos previsão de retorno. Primeiro, queremos uma reunião com o secretário de segurança pública, que é necessário. Não é desmerecendo o comando da Polícia Militar, mas precisamos que o secretário entre com o serviço de inteligência para dar segurança à população”, afirmou o sindicalista.

Durante todo o dia de ontem, o final de linha do bairro ficou vazio e os moradores precisaram seguir andando até a Avenida Ulisses Guimarães para pegar os ônibus que atendem os bairros vizinhos. “Moro lá embaixo, depois do final de linha. Tive que vir andando no sol quente até aqui para pegar o ônibus que vem da Sussuarana Nova, mas lá está tudo em paz”, revelou a diarista Fernanda Rodrigues, 32 anos.

Apesar do temor por parte dos rodoviários e de um áudio ter circulado via aplicativo WhatsApp ordenando toque de recolher, o clima em Sussuarana Velha, ontem, era de tranquilidade entre os moradores. O comércio e as escolas funcionaram normalmente. Durante uma ronda pelo bairro ontem de manhã, a reportagem encontrou várias viaturas da 48ª e 50ª CIPM’s (Sussuarana e Sete de Abril), do Batalhão de Guarda e da Rondesp Central.“Enquanto esses caras da moto não saírem da Sussuarana, da quarenta e oito [48ª CIPM], nenhum comércio vai trabalhar em paz”, ameaçou o homem, no áudio.

O major Jaílton Carvalho de Santana, comandante da 48ª CIPM, informou que os policiais militares do motopatrulhamento faziam ronda de rotina na Baixa da Paz, quando foram recebidos a tiros e, no revide, balearam Diego. Ele ainda foi levado ao Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), no Cabula, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Conforme o comandante, Diego tinha envolvimento com o tráfico de drogas e possuía diversas passagens na polícia. Com ele, segundo versão oficial, foi apreendido um revólver calibre 32 municiado. No áudio que circulou entre os moradores, o homem que ordenou o toque de recolher afirmou que Diego estava dentro de uma residência, quando foi morto pelos policiais. Ainda no áudio, o homem afirmou que, durante a ação, Diego estava com uma pistola .40 e não com um revólver calibre 32 como os policiais informaram. “Levaram a ponto quarenta do cara.Todo mundo aí, geral, sabe que o cara não andava com três dois”, reafirmou o homem.

*Foto: reprodução – raphael muller- ag. a tarde

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