Na Operação Joia da Coroa, a Polícia Federal apreendeu R$ 100 mil em dinheiro vivo no guarda-roupas da desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, presa nesta sexta-feira (29). Essa segunda fase da Operação Faroeste, investiga suposto esquema de venda de sentenças judiciais em processos de grilagem de 800 mil hectares de terras no oeste do Estado. O dinheiro foi apreendido na primeira etapa da investigação, deflagrada dia 7. Além de R$ 56,5 mil, os federais confiscaram 9.050 euros e, ainda, 200 dólares em espécie – a conversão soma R$ 100 mil.
Os agentes encontraram ainda obras de arte e um ‘grande estojo’ com três relógios Rolex, colar de ouro, anéis, brincos e mais colares. A PF achou um manuscrito que indica suposto tráfico de influência da magistrada em favor do empresário Adailton Maturino, que se apresenta, segundo os investigadores, como ‘conselheiro’ e cônsul da Guiné Bissau na Bahia. Além de Maria do Socorro, são alvo da investigação outros três desembargadores, inclusive o presidente da Corte, Gesivaldo Britto, e dois juízes de primeira instância, um deles já preso por ordem do ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça.
Foto: TJ-BA