A Procuradoria-Geral da República tem um prazo de 15 dias para se manifestar em dois pedidos para que o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o filho, vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), sejam investigados por uma suposta obstrução de Justiça nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), no ano passado.
De acordo com informações do site Uol, o prazo foi dado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em despacho publicado nesta terça-feira, 26. Ainda de acordo com o Uol, os pedidos foram apresentados pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), tendo como base o fato de Carlos Bolsonaro ter afirmado que teve acesso às gravações da portaria do condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, onde um dos acusados do assassinato de Marielle mora.
Inicialmente, o porteiro do condomínio – onde Jair Bolsonaro e o filho têm casa – disse à polícia que a entrada do ex-policial militar Élcio de Queiroz no local foi autorizada por “Seu Jair”, no dia 14 de março de 2014, data em que Marielle Franco foi assassinada. Élcio e o policial reformado Ronnie Lessa, que também mora no condomínio, respondem pelo assassinato da vereadora. Posteriormente, o porteiro voltou atrás.
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