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GUGU TEVE FRATURA NA TÊMPORA E HEMORRAGIA SE ESPALHOU PARA O CÉREBRO

Redação - 25/11/2019 09:07

Gugu morreu devido a uma fratura do lado direito da cabeça, que causou uma hemorragia que se espalhou para o cérebro. A fratura foi ocasionada por uma queda de quatro metros dentro de casa na última quarta-feira (20).

Gugu tinha chegado na quarta-feira à sua casa num condomínio em Windermere, muito próximo a Orlando, no estado da Flórida. A casa tem quase 700 metros quadrados, dois andares e um pé direito muito alto.

O apresentador estava com o filho João Augusto, de 18 anos, as filhas gêmeas, Marina e Sophia, de 15 anos, e com a companheira dele Rose Miriam di Matteo.

De acordo com a nota oficial da assessoria de imprensa do apresentador, ele tinha entrado no forro da casa para fazer algum reparo no ar-condicionado.

O piso do forro é de gesso e não suporta o peso de uma pessoa. Gugu teve uma queda de aproximadamente quatro metros de altura no primeiro andar da casa.

Guilherme Lipsky, neurocirurgião brasileiro chamado pela família para acompanhar Gugu no hospital, explica que, em uma queda dessa altura, “a gente espera uma fratura de calcanhar, eventualmente uma fratura de bacias, mas nunca bater a cabeça diretamente.”

“Então, para ter acontecido o que aconteceu, na gravidade que aconteceu, eu acho que ele deve ter desfalecido num dos momentos iniciais da queda, possivelmente bateu a cabeça contra o teto e aí desfaleceu”, diz o neurocirurgião.

O filho de Gugu ligou para os serviços de emergência, que chegaram rapidamente. Mas o trajeto da casa até o hospital não é curto. São 27 minutos.

Com a queda, Gugu teve uma fratura grave no osso temporal direito. Isso causou uma hemorragia traumática, e o sangramento se espalhou ao redor do cérebro.

Guilherme Lipsky explica por que não era viável uma intervenção cirúrgica:

“É uma situação extremamente grave, então, a maioria dos protocolos de atendimento de trauma internacionais dizem: não investir. Porque se você investe e faz medidas, vamos dizer, ‘heroicas’ você acaba acarretando um sofrimento muito grande para o paciente. A chance de morrer é alta e, se não morre, há uma chance muito grande de entrar em estado vegetativo persistente.”

No hospital, foi detectado um nível 3 na escala Glasgow. Essa escala mede a atividade cerebral e vai até 15. Isso quer dizer que a atividade cerebral de Gugu já era baixíssima quando ele chegou ao local.

Depois de seis horas, foi confirmada a morte encefálica. Não havia mais atividade cerebral.

Segundo o médico explicou para o Jornal Nacional, o diagnóstico da morte encefálica é “evolutivo” e requer um tempo de análise.

“Precisa ter um tempo de observação mínimo, que não pode ser menor do que seis horas. Isto que foi feito. Ele tinha alguma atividade respiratória no início. Não era de início morte encefálica. Ele tinha de início alguma atividade na prova de apneia, a prova que se faz.”

“Acontece que o quadro foi se deteriorando rapidamente, e aí as provas subsequentes comprovaram isso. São feitas pelo menos duas provas, há um intervalo. Aqui nos EUA, este intervalo este intervalo não é limitado, pode ser feito 15 minutos depois, 20 minutos depois”, acrescenta Lipsky.

As leis americanas não exigem, mas os médicos fizeram ainda uma angiografia, que detectou que não havia mais fluxo de sangue para o cérebro.

A morte do apresentador Gugu Liberato foi confirmada na sexta-feira (22) às 21h06, horário de Brasília, pela assessoria de imprensa do apresentador, com uma nota assinada pela família.

O Hospital do Coração, em São Paulo, estava com estrutura pronta para atendimento, mas não foi necessário. Era desejo de Gugu que todos os seus órgãos fossem doados, e a família atendeu. A equipe médica americana informa que eles podem ajudar até 50 pessoas.

*Foto: Reprodução- Tv Record

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