Embora o governador da Bahia, Rui Costa (PT), tendo sido reeleito e reempossado recentemente, seis nomes já têm sido especulados para disputar a sucessão do petista em 2022. É da base governista que surge a maioria dos cotados. No grupo oposicionista, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), que encerra o mandato no final do próximo ano, é quase uma unanimidade para postular o Palácio de Ondina. O democrata, que desistiu de competir pelo governo da Bahia no passado, já admitiu a hipótese de competir pela gestão estadual.
“Essa hipótese existe? Claro que existe. Isso será ou não construído a partir de 2021. Até 2020, é gestão. Agora, como hipótese, é claro que existe”, declarou ACM Neto, em entrevista à Rádio Câmara Salvador, em dezembro do ano passado. Da base oposicionista, o deputado federal Arthur Maia (DEM) também já demonstrou interesse. “Eu entendo que ACM Neto é o nome mais forte para disputar o governo da Bahia, mas eu vou trabalhar para estar na chapa majoritária. Pode ser candidato a governador ou a senador, mas sem ideia de atropelar ninguém”, afirmou ao site da revista Veja.
Na ala governista, o senador Otto Alencar (PSD) era considerado o nome natural para a sucessão de Rui Costa. Nos últimos meses, no entanto, um retorno do senador Jaques Wagner (PT) ao Palácio de Ondina tem ganhado mais forçado. O senador petista tem dito que defende a renovação no grupo político, mas ressalta que, se for para agregar, ele será candidato. “Eu não decidi ainda. Nós ainda estamos discutindo a prefeitura em 2020. 2022 está longe. Vou continuar com a minha tese (…) de renovação”, pontuou. “Se o presidente (Lula) vier a ser candidato em 2022, a chapa puxada por ele no Nordeste, particularmente na Bahia, seja quem for candidato ganha um peso bastante significativo”, acrescentou.
No início deste ano, Otto Alencar sugeriu que a força política daqui a três anos definirá o postulante a sucessão de Rui Costa. “Não tenho isso (de ser candidato) na minha cabeça. Vocês sabem que eu não sou de ter ambição. As coisas acontecem na minha vida porque acontecem. Não de eu pensar em ser candidato. Até porque, são quatro anos. Não depende da vontade pessoal de absolutamente nenhum político. Depende de outras atenuantes. Depende do destino, de Deus. Não tenho essa pretensão”, declarou, em entrevista à rádio Metrópole. “A época é que define o seu poder político. Você tem que saber se avaliar. Não tenho essa ambição. Brincando, eu digo o seguinte. Será que não vai surgir um professor pardal, um inventor, que possa criar uma balança política que o cara possa subir na balança e dizer ‘eu só tenho mil votos’. O pior sujeito da política é o cara que é vintém, como eu sou, e pensa que é milhão”, emendou.
Quem também está de olho no governo da Bahia é o senador Angelo Coronel (PSD), mas ele ressalta: “se for missão, estarei pronto para cumprir. Se não for, tenho uma missão de tentar fazer Otto governador da Bahia”. “Sou um homem de grupo, o meu candidato para o governo da Bahia em 2022 é Otto Alencar”, acrescentou. O deputado federal Marcelo Nilo (PSB) – que tentou ser candidato ao governo em 2014, mas não conseguiu – também tem manifestado interesse. “Sonho em ser candidato a governador. Agora, se Wagner for o candidato, eu não tenho condições de sair contra Wagner. Não tenho condição pessoal, política, pela relação que temos. Wagner com certeza é o único nome que eu desisto de uma campanha. Agora, se ele não for, eu vou continuar sonhando chegar ao cargo mais da Bahia”, salientou.(TB)
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