Rendimento médio domiciliar per capita de pretos ou pardos é cerca de 30% menor que o dos brancos na Bahia e quase metade (-47,3%) em Salvador;
Rendimento médio domiciliar per capita de pretos ou pardos é cerca de 30% menor que o dos brancos na Bahia e quase metade em Salvador. A maior incidência de pobreza na população que se declara preta ou parda tem relação com a desigualdade no rendimento por cor ou raça.
Em 2018, enquanto o rendimento médio domiciliar per capita médio dos baianos brancos ficava em R$ 1.122, o dos pretos ou pardos era de R$ 770 (-31,4%). Embora ainda seja bastante significativa, essa diferença caiu em relação a 2017, quando havia chegado a seu ponto máximo (-48,0% para pretos ou pardos) e atingiu em 2018 o seu mais baixo patamar no estado, desde 2012.
A desigualdade no rendimento domiciliar per capita por cor ou raça era ainda maior em Salvador. Os pretos ou pardos tinham renda média de R$ 1.386, quase metade (-47,3%) dos brancos R$ 2.628. Essa diferença também se reduziu em relação a 2017, quando era de -62,2% e chegou a seu menor patamar desde 2012.
No Brasil, em 2018, as pessoas pretas ou pardas tinham rendimento médio domiciliar per capita de R$ 934, frente a R$ 1.846 dos brancos (-49,4%).
As diferenças no rendimento domiciliar per capita são, por sua vez, resultado direto das diferenças salariais por cor ou raça. Nesse indicador, Salvador tem destaque negativo entre as capitais brasileiras.
*Foto: Reprodução – National Geographic